Eleições | 10/08/2010 16h
O ex-prefeito da Capital, José Fogaça (PMDB), foi o quinto candidato a participar da série de entrevistas promovida com postulantes ao Piratini por Zerohora.com. Fogaça foi entrevistado na tarde desta terça-feira na redação de Zero Hora pelas jornalistas da editoria de política de Zero Hora, Rosane de Oliveira e Dione Kuhn. O candidato também participou de um bate-papo com internautas e respondeu questionamentos de eleitores.
Assista a entrevista com o candidato José Fogaça
Sobre a construção do metrô em Porto Alegre, Fogaça afirmou que o compromisso deve ser assumido pelo novo governador.
— O governo federal tomou a decisão de carrear recursos para a extensão São Leopoldo - Novo Hamburgo e deixou para uma egunda etapa, pós 2012, o investimento no metrô de Porto Alegre — explicou o candidato.
Educação
O ex-prefeito da Capital acredita na melhoria do nível e da qualidade da educação no Estado por meio da valorização dos professores. Fogaça propôs um programa de capacitação que envolva um convênio com as universidades públicas e privadas de todo o Estado.
— A questão da qualidade passa pela capacitação, valorização do magistérios — disse Fogaça, que acredita em uma política de cooperação entre governo e magistério, pagando o piso salarial da categoria, "dentro das condições financeiras".
Para o candidato, é preciso trabalhar nas questões de acesso e permanência dos estudantes nas escolas das redes públicas de ensino:
— [Cerca de] 180 mil alunos da rede pública estadual ingressam no Ensino Médio e pouco mais de 80 mil completam — relatou o candidato, que enfatizou a necessidade de "cuidar intensamente do Ensino Médio", focando os investimentos do Fundeb nesta etapa do desenvolvimento escolar.
O índice de escolaridade do Rio Grande do Sul é outra preocupação do candidato:
— Nossa média de permanência na escola é de seis anos, um pouco maior que a média do Brasil. Ainda assim é muito baixa para um Estado que precisa de doutores — afirmou Fogaça, que pretende transformar o Rio Grande do Sul em um "Estado de ponta".
Sobre as escolas em turno integral, o candidato disse que quer implantar o programa nos colégios estaduais das nove regiões funcionais do Estado. Ele ainda pretende implantar o modelo Cidade Escola, que já funciona na Capital, e oferece aulas de reforço, música, dança, esporte e formação humanística aos alunos no contraturno.
— O Cidade Escola não é tempo integral, mas ele é educação integral — disse o candidato.
Para melhorar a Educação Infantil, o candidato acredita em uma parceria entre o governo do Estado e o município:
— O estado ajuda na construção da creche e depois o município mantém.
Sistema carcerário
Para Fogaça, "não há dúvida que, em matéria de segurança pública, o tema mais cadente é o sistema prisional". O candidato chegou a chamar a situação em que se encontram os presídios de "estapafúrdia".
— A saída é expandir a oferta de vagas do sistema prisional — acredita o candidato, que propôs a racionalização da distribuição geográfica dos presídios no Estado.
Fogaça disse, ainda, que "é inadequado que um preso fique longe de seu local de origem":
— É impossível ressocializar um preso num lugar estranho — disse o candidato, que acredita em atender "um certo sentido de regionalidade" no sistema prisional.
— O ideal é nós qualificarmos a guarda carcerária, qualificarmos o pessoal da Susepe e treinarmos para um nível e uma estrutura adequada de funcionamento.
Saúde
O candidato a vice-governador na chapa de Fogaça, Pompeo de Mattos (PDT), se comprometeu com a construção de albergues públicos para tratamento médico nos centros urbanos. Apesar de concordar que a existência destes locais é "indiscutível", o candidato acredita que "o mais importante é tornar como prioridade de política pública, em matéria de saúde, a valorização dos hospitais regionais" para que a necessidade de vir à Capital ocorra somente em situações extremas:
— O importante é que cada uma das nove regiões funcionais do Rio Grande do Sul tenha um hospital de referência em média e até alta complexidade.
Na área da saúde, Fogaça também defende a atenção básica nos postos de saúde, com uma melhor gestão em nível de resolutividade.
Transporte
Fogaça afirmou que, se eleito, deve encerrar os contratos de concessões firmados pelo atual governo nas estradas gaúchas, "se esta questão ainda estiver sob a responsabilidade do governo". Ele acredita em um consenso entre os governos federal e estadual para dar uma alternativa ao consumidor, focando as baixas tarifas.
— Passada uma disputa eleitoral, no dia seguinte, presidente da República, prefeito e governador tem de ser amigos — defendeu o candidato ao explicar que "o interesse dos usuários de estradas no Rio Grande do Sul é o que importa". Em seu plano de governo, Fogaça defende os pedágios comunitários.
Criar alternativas de transporte "é possível", disse o candidato. Uma de suas ideias é a construção de uma rede ferroviária intrarregional ligando a serra gaúcha, para diminuir a circulação de caminhões.
O investimento no transporte fluvial também seria uma alternativa. O candidato defende a criação de um corredor de transporte que pode chegar até Rio Grande.
— Temos que investir no porto fluvial de Estrela, viabilizá-lo integralmente.
Veja a conversa dos internautas com José Fogaça
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Candidato a governador, José Fogaça participou de entrevista promovida por Zerohora.com nesta tarde
Foto:
Valdir Friolin
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