Vanessa Beltrame  |  vanessa.beltrame@zerohora.com.br

O Rio Grande do Sul é o quinto maior colégio eleitoral do país, com 8.112.236 eleitores registrados, o que representa 5,97% do total nacional. Para se eleger em primeiro turno como governador do Estado, um candidato precisa conseguir, pelo menos, 50% dos votos válidos mais um, ou seja, precisa conquistar o voto de 4.056.119 gaúchos.

No pleito deste ano, o Rio Grande do Sul será palco da disputa mais acirrada do país ao cargo de governador: são 10 candidatos na corrida pelo comando do Palácio Piratini. O número é maior do que os que disputam os votos do maior colégio eleitoral, o Estado de São Paulo, que conta com 23,3% dos eleitores brasileiros, onde nove políticos concorrem ao governo.

Para o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Gustavo Grohmann, o eleitorado tende a variar mais sua escolha no primeiro turno e, nas últimas duas eleições no Estado, houve uma "pulverização" maior dos votos.

— No primeiro turno, o eleitor se sente mais a vontade para expressar a sua vontade mais direta — explica o professor.

Já no segundo turno, o eleitor pensa diferente. Grohmann, que já realizou estudos em outras regiões do país, constatou que, nesta etapa do pleito eleitoral, o brasileiro tende a votar no candidato "menos pior":

— Ele sabe que seu voto é apenas mais um voto.

Este voto tem um custo que depende do estofo do partido e sua coligação. Com base nos valores registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como limite de gastos de campanha, é possível calcular quanto cada candidato ao governo do Estado gastaria, por eleitor, para se eleger em primeiro turno.

Os valores representam uma estimativa de gastos com a campanha, que é registrada junto ao TSE quando os partidos apresentam seus candidatos. Normalmente, o valor que consta no Tribunal é mais alto do que os candidatos realmente acabam gastando em suas campanhas.

Nesta corrida, Yeda Crusius, do PSDB, assume a ponta. Com uma campanha que possui a estimativa de limite de gastos de R$ 23 milhões nas eleições majoritárias, a coligação Confirma Rio Grande investiria cerca de R$ 5,67 em cada eleitor necessário para a reeleição da candidata em primeiro turno. O candidato Humberto Carvalho, do PCB, é o que menos investiria por eleitor em campanha: R$ 0,005.

Confira, em gráfico, quanto cada candidato investiria por eleitor para se eleger em primeiro turno no Estado:

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