Eleições | 25/06/2010 05h15min
Uma mudança aprovada de última hora na Câmara pode obrigar a Justiça Eleitoral a rever todo o trabalho feito para as eleições de outubro. O custo da inversão da ordem dos candidatos nas urnas deve gerar um prejuízo de, no mínimo, R$ 500 mil, segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski.
O valor da operação foi divulgado ontem por Lewandowski, que enviou um ofício de alerta ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), e aos líderes da Casa. De acordo com o documento, o TSE já gastou R$ 500 mil para imprimir 54,2 milhões de folhetos de orientação ao eleitor e 1 milhão de cartazes sobre os procedimentos e ordem de votação.
Demóstenes disse que dará parecer contrário à mudança. A origem da controvérsia está na Câmara. Para garantir que os eleitores se lembrem de seus números, os deputados aprovaram um projeto para que seus nomes sejam os primeiros a aparecer na ordem de votação da urna eletrônica.
Se o projeto for aprovado pelo Senado, o TSE arcará também com os custos de mudar a programação de 400 mil urnas. A Corte aprovou, em março, uma resolução para estabelecer a ordem de votação nas urnas.
O eleitor votaria nos deputados estaduais, depois nos deputados federais. Na sequência, escolheria senadores, governadores e o presidente. Pela resolução, os eleitores digitariam cinco algarismos para escolher os deputados estaduais. Em seguida, para votar nos federais, digitariam quatro algarismos e assim sucessivamente até chegar a dois algarismos no caso dos candidatos a governador e à Presidência.
Os deputados argumentaram que a ordem iniciando pelo voto para deputado federal vem sendo adotada nas últimas eleições e que a mudança feita pelo TSE provocaria dúvidas nos eleitores.
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