Pesquisas | 24/06/2010 05h34min
Em resposta aos números da pesquisa CNI/Ibope, os apoiadores de José Serra (PSDB) usaram duas estratégias: duvidaram dos resultados e condenaram a linha de campanha desenvolvida por Dilma Rousseff (PT). Já os apoiadores dela comemoraram.
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), questionou o relatório do Ibope. O parlamentar, um dos cotados para vice na chapa de Serra, disse que o partido foi “surpreendido” porque levantamentos internos indicariam a liderança do tucano, com pelo menos dois pontos percentuais à frente:
– Esses números são diferentes do que nós temos. Respeitamos o Ibope, mas nossas pesquisas não coincidem com esse resultado. Ele está sempre na frente. Pode anotar: até o final do mês, ele estará novamente na frente.
Cotado como o principal nome do DEM para ser vice de Serra, o deputado federal José Carlos Aleluia (BA) afirmou que a “máquina do governo” foi usada em favor de Dilma, conseguindo até mesmo anular o efeito da exposição do tucano na mídia. Desde maio, Serra foi a estrela de três programas partidários exibidos em cadeia nacional: DEM, PPS e PSDB.
– Quando a campanha começar e os dois estiverem em pé de igualdade, sem o uso da máquina do governo, a vantagem de Dilma não deve se sustentar – disse Aleluia.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) completou:
– Uma candidata que quer governar o país, mas foge de debates, evita o diálogo, é um alerta para o eleitor.
Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), comemorou a pesquisa. Ele observou que Dilma já superou a média de 25% a 30% das intenções de voto que os analistas, tradicionalmente, atribuem como percentual máximo de votos no PT.
– A campanha vai acontecer, mesmo, na televisão, quando os programas mostrarem os números do avanço do Brasil. E quando o presidente Lula pedir votos para Dilma – afirmou Jucá.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que a pesquisa revela que Dilma cresce à medida que se torna mais conhecida. Para o petista, ela é a “única que pode consolidar e aprofundar as conquistas de Lula”.
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