| 15/06/2010 17h47min
Um dos maiores articuladores em favor do reajuste de 7,7% para os aposentados que recebem acima de um salário mínimo, o senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por não ter vetado o aumento. O senador, no entanto, lamentou que não tenha sido sancionado o fim do fator previdenciário e disse que, agora, a luta é para derrubar, no Congresso Nacional, o veto ao mecanismo que leva em conta o tempo de contribuição, a idade do segurado e sua expectativa de vida.
— É importante que, nesse momento mágico da economia, o presidente tenha sancionado o aumento de 7,7%. Ganhamos uma etapa da luta. Mas a luta pela derrubada do veto ao fim do fator previdenciário continua. Não tenho dúvidas — disse.
Lula sancionou o aumento das aposentadorias de mais de um salário mínimo depois de uma longa batalha entre deputados e senadores pelo reajuste. Inicialmente, o governo queria manter os 6,14% previstos no texto da medida provisória enviada ao Congresso. Deputados ligados às centrais sindicais pediam 7%.
Quando o governo aceitou esse último percentual, considerando-o o índice máximo de reajsute, vários senadores - entre eles, Paim - passaram a reivindicar os 7,7%. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), chegou a dizer que não havia previsão orçamentária para o aumento.
Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, para garantir o reajuste, deverão ser feitos cortes no Orçamento.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a decisão do presidente Lula de sancionar o aumento de 7,7%
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Roosewelt Pinheiro / Agência Brasil
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