| 09/06/2010 10h53min
Depois de quase quatro meses de indefinições, o Senado promete deslanchar na tarde de hoje a votação dos projetos de lei que formam o marco regulatório do pré-sal. A agenda é carregada. Os senadores terão de enfrentar, numa mesma sessão, o debate e votação da proposta de capitalização da Petrobras e do projeto que cria o Fundo Social e estabelece o novo modelo de exploração de petróleo e gás na costa brasileira.
A decisão de jogar para uma mesma sessão a votação dos dois projetos foi tomada ontem à tarde, num acordo de última hora entre governo e oposição. Temendo manobras de obstrução por parte dos oposicionistas, o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), aceitou concentrar as votações hoje, deixando para ontem apenas a leitura dos relatórios sobre as duas matérias.
A junção em um único projeto da criação do Fundo Social e a definição do modelo de partilha da produção, que irá substituir o atual sistema de concessão, foi a saída encontrada pelo governo para adiar o debate da polêmica divisão dos royalties - uma compensação financeira devida ao Estado pelas empresas que exploram petróleo no País.
O tema provocou no ano passado uma derrota para o governo, quando a Câmara aprovou uma emenda, apresentada pelos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PP-MG), que retira recursos dos chamados Estados produtores. A medida, se mantida, provocará um rombo nos cofres do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, que respondem por 90% da produção nacional de petróleo.
Ontem, Jucá se comprometeu a votar a questão dos royalties no dia 9 de novembro. A definição de uma data tem por objetivo esvaziar as críticas sobre o desinteresse do governo em discutir o tema ainda este ano.
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