A meta do Programa de Prevenção à Violência (PPV) de reduzir crimes contra a vida em quatro anos está longe de ser alcançada. Implantado em 2008 em Caxias, quando a prefeitura aderiu à proposta do governo estadual, o projeto ainda não decolou. Os motivos são vários, mas o principal foi apontado pelo próprio presidente do comitê municipal do PPV, o empresário Mário Sebben:

— Não ocorrem ações integradas em Caxias. Cada setor da prefeitura, por exemplo, ataca esse problema separadamente e um não sabe o que outro faz.

Após coordenar um diagnóstico em Caxias, tendo como base cinco bairros da Zona Norte, o empresário diz ter encontrado várias frentes de trabalho do governo e de entidades privadas. Boa parte atua isoladamente. Nesse caso, a falta de uma coordenação conjunta compromete as metas do PPV.

Para ele, somente uma política pública municipal poderá frear os assassinatos e a banalização da violência. Ou seja, o programa deveria deixar de ser um projeto específico, como se propõe, para se tornar uma uma ação mais ampla e contínua.

As sugestões foram apresentadas na quarta-feira a alguns secretários da área social e à primeira-dama do município, Maria Helena Sartori (PMDB). A outra medida seria assegurar a integração e o comprometimento do Judiciário, de entidades privadas ou ligadas ao governo e da sociedade como um todo.