Atualizada às 20h00min Léo Gerchmann  |  leo.gerchmann@zerohora.com.br

Depois de ter passado duas horas e meia com a brasileira Iara Lee, o encarregado de negócios do Itamaraty em Israel, Eduardo Uziel, contou, em entrevista a Zero Hora, que as condições de saúde e limpeza na cela são boas e que o governo brasileiro está empenhado em tentar libertá-la "o quanto antes".

Uziel é o funcionário brasileiro destacado a acompanhar o caso. A polícia está em alerta diante da prisão de Beersheva, para impedir qualquer protesto, e determinou a retirada dos celulares — incluindo o do próprio diplomata brasileiro — de quem entra na prisão.

— Enquanto a visitava, eu estava com o celular, e ela falou para fora, e outras pessoas começaram a fazer o mesmo. Então, o pessoal da prisão resolveu recolher os celulares. Do ponto de vista físico, ela está bem. Não ficou ferida nem nada. O local é adequado, é limpo, é novo, não tem problema de superpopulação. Está dividindo a cela com uma outra senhora, sem problemas. Ela está emocionada e chocada com o que ocorreu — disse Uziel.

De acordo com o diplomata brasileiro, Iara considera o que ocorreu "um ato deliberado de brutalidade", porque realmente não haveria armas na embarcação.

— Ela negou veementemente que houvesse armas ou terroristas. Tinha gente com faca porque tinha gente com medo do terror.

Ouça a entrevista exclusiva do diplomata brasileiro a Zero Hora:

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