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Eleições  | 29/05/2010 05h25min

Concurso cultural Jovem Cidadão tem primeiros finalistas

Propostas vencedoras serão apresentadas para discussão aos candidatos ao governo do Estado

A primeira etapa do concurso cultural Jovem Cidadão se encerra hoje com a apresentação dos três finalistas.

Respostas à pergunta “Que projetos para os jovens os políticos poderiam criar e por quê?” chegaram de todo o Estado por meio de textos de dezenas de estudantes.

Catherine Giusti Alves, Christian Arend Kremer e Morgana Schwingel Machado são os três finalistas, um de cada categoria, que têm seus textos publicados hoje. O concurso continua, e estudantes interessados em participar devem encaminhar suas ideias até o dia 23 de junho. No último sábado do mês, outros três finalistas serão escolhidos entre as propostas e terão seus textos publicados no jornal.

Até agosto, estudantes gaúchos podem enviar suas ideias, concorrendo para estar entre os finalistas de cada mês. Em setembro, as ideias propostas pelos 12 textos finalistas serão apresentadas para discussão aos candidatos ao governo do Estado.

Categoria 5ª e 6ª série: Projetos para mudar o país

Catherine Giusti Alves, 11 anos, 6ª série do Colégio Farroupilha, Porto Alegre

Como  os jovens se tornaram eleitores, precisam estar conscientes sobre em quem irão votar. A campanha eleitoral do político mostra os seus projetos. Os jovens precisam ficar atentos a isso.

Muitos projetos políticos que os jovens aprovariam têm a influência da política de outros países.

Um exemplo é o Japão. Lá, as pessoas são multadas por jogar lixo no chão. Quando eu caminho pelas ruas, vejo muitos sacos de lixos atirados. Também vejo garrafas de vidro quebradas, garrafas de plástico, latas, sacolas e muitas outras coisas nas calçadas. Este projeto poderia ser implantado no Brasil.

A coleta seletiva de lixo nas escolas, ruas e condomínios seria legal. A colocação de mais lixeiras amenizaria o problema de lixo no chão, que acaba entupindo bueiros. Por este motivo ocorreram muitas enchentes. Eu vi na TV uma reportagem sobre Barcelona, dos canais subterrâneos das bocas de lixo, um sistema perfeito para a coleta de lixo que resolveu o problema da sujeira nas ruas.

Também seria importante a fiscalização nas escolas. Muitos alunos são vítimas de bullying. O bullying causa isolamento, queda das notas, dificuldade para relacionamentos e pode afetar a vida adulta. Eu vi uma reportagem sobre bullying que revelava uma pesquisa feita com criminosos. A maioria deles havia sofrido bullying ou teve traumas na infância.

Um projeto que agradaria grande parte da população é a retirada da imunidade parlamentar. Além de ser injusta, dá a muitos políticos a oportunidade de roubar ou cometer crimes com uma pena bem pouco significativa ou até sem pena.

Projetos como estes agradam à população e ajudam a reformar a política do Brasil, que precisa ser mudada. Não é agradar ao povo o objetivo de colocar leis como as que falei, mas é mudar e corrigir o Brasil e a política.

Categoria 7ª e 8ª séries: Política que visa à educação no Brasil

Christian Arend Kremer, 14 anos, 8ª série do Colégio Bom Jesus São Miguel, Arroio do Meio

Você já se perguntou por que no Brasil há tanta corrupção, tanta criminalidade, tanta pobreza? Obviamente esse tipo de problema não tem solução imediata, mas podemos pensar em soluções que não precisam ser imediatas. Aí vem a questão: “o quê?”. Num país democrático como o Brasil, deve-se investir principalmente na educação. Projetos que visam à educação devem ser a fonte primeira de muitos candidatos.

Perguntam-me: “O que a educação tem a ver com corrupção, criminalidade e pobreza?” A resposta é óbvia. Pense: um indivíduo com a devida educação irá roubar, matar, estuprar? Com certeza, a educação irá mudar totalmente o perfil do Brasil.

O Brasil, um país com tantas riquezas e belezas, tem de ser melhorado. A educação é o caminho. Políticos de todo país: acreditem na educação, ela transforma vidas. O cidadão educado é aquele que fará um país educado e melhor. Investir na educação, nos jovens, nos mais novos cidadãos brasileiros é acreditar no futuro da nação. O Brasil tem futuro, é só acreditar e investir... na educação!

Categoria ensino médio: Meu querer de futuro

Morgana Schwingel Machado, 16 anos, 2º ano do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Educar-se, Santa Cruz do Sul

Quando discuto sobre as próximas eleições com a minha família, é uma desordem. Todos me olham surpresos e perguntam afoitos: “uma adolescente querendo saber de política? Mas o que você quer com isso, menina?”.

Sim, eu me interesso por política, e o que quero é bem simples: me orgulhar do governo do país onde vivo. São milhares os jovens que, assim como eu, votarão nestas eleições, mas, sendo obrigados ou não, apenas uma pequena minoria sente-se exaltada com o fato. O motivo?

Talvez seja pelo fato de a política atual ser exclusivamente “adulta”, ou seja, voltada apenas para o público de maior idade. Não há uma comunicação que possa ser assimilada pelo jovem, nem tampouco a aparente valorização da opinião deste.

Mas então me perguntam: “Que projeto você gostaria que os políticos desenvolvessem? O que você quer afinal?”.

Eu vou dizer o que eu não quero.

Não quero mentiras, não quero exageros: apenas transparência e simplicidade servem. Não quero reforço na segurança e alternativas para o fim da violência, quando tudo o que bastaria é a aplicação de bons investimentos na educação deste país – um investimento de longo prazo, mas que traria bons resultados. E, é claro, acima de tudo, quero propostas que sejam pensadas visando à formação de grupos jovens que se sintam engajados e responsáveis por projetos sociais diversos, e também por um futuro melhor.

Este é o meu querer político, que tomo como exemplo e sonho todas as manhãs.







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