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 | 28/05/2010 11h32min

Aécio segue nos planos da oposição mesmo com recusa

A negativa solene do ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) sobre a hipótese de aceitar ser vice na chapa presidencial tucana deve pôr um ponto final no debate público do tema. Mas a oposição não considera o assunto encerrado. Setores do PSDB e de partidos aliados ainda enxergam espaço político e tempo hábil para um recuo e avaliam que a negativa pode ser até estratégica para "o grande gesto" que faria dele "o salvador" mais adiante.

É neste contexto que o presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, se recusa a falar em alternativas de vice com a recomendação de deixar o assunto decantar.

— Já que não decidimos até hoje, não tenho por que antecipar. Meu prazo é o da lei. Definitivo na política é só a morte — diz o deputado, repetindo frase dita pelo próprio Aécio.

Interlocutores do mineiro dizem que a pressão excessiva dos últimos dias e a forma impositiva das cobranças foram "um desastre" porque incomodaram e precipitaram o processo. Eles ainda avaliam que a pressão encurtou os prazos e que Aécio não quis esticar para não criar prejuízos políticos à candidatura Serra.

A exemplo do que ocorre com os candidatos a presidente da República, os aspirantes a vice têm de registrar suas candidaturas até o dia 5 de julho. Antes disso, seus nomes devem ser aprovados nas convenções partidárias. Mas a legislação e a jurisprudência estabelecem algumas hipóteses nas quais os candidatos a vice podem ser substituído após o registro na Justiça Eleitoral. O nome pode ser mudado se for considerado inelegível, renunciar à disputa ou ainda se morrer. Nesses casos, o partido terá um prazo de até 10 dias do fato para indicar o novo candidato a vice.

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