A mesma quantidade de chuva prevista para cair durante todo o mês de maio despencou sobre cidades catarinenses em apenas dois dias — das 9h de segunda-feira às 9h de quarta-feira.

Segundo a Central RBS de Meteorologia, os volumes de água registrados na Capital e em municípios da Serra e do Sul do Estado estão bem acima da normalidade.

A cidade mais atingida foi Laguna, no Litoral Sul, onde choveu 166,8 milímetros entre segunda e quarta-feira, quando o comum é que chova de 100 a 150 milímetros por mês. Só em maio, foram registrados 314,2 milímetros no município.

Também estão acima da média cidades como Urubici (154,2 milímetros), na Serra, Araranguá (119,2 milímetros) e Criciúma (130,5 milímetros), ambos no Sul.

Em Araranguá, a Defesa Civil monitora o rio, que está um 1,65 metro acima do nível normal. Ele transborda na marca de 2,10 metros. Em Tubarão, o rio está 4,4 metros acima do nível. O limite é de 5,2 metros de altura.

O meteorologista Leandro Puchalski afirma que a grande quantidade de chuva é motivada pela presença de um ciclone extratropical que está sobre o oceano, bem na altura de Santa Catarina.

Em Florianópolis, o volume que deveria ser registrado em todo o mês foi registrado em dois temporais. Um na terça-feira e outro no último dia 8 de maio.

Previsão

A condição de chuva a qualquer hora segue nesta quarta-feira no Estado, mesmo com aberturas de sol. Puchalski alerta para a possibilidade de ocorrer mais chuva forte entre Florianópolis e cidades do Sul catarinense.

De acordo com a Epagri/Ciram, o mar continua agitado e há risco de ressaca entre Florianópolis e Passo de Torres, no Extremo-Sul. Na costa, a previsão é de que as ondas cheguem a dois metros nas praias do Sul.

O ciclone deve se afastar do Estado a partir de quinta-feira, quando o tempo volta a ficar seco.

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