O casamento entre Silas e Avaí parece mesmo ter se rompido de uma forma nada boa para ambas as partes. Depois dos dois confrontos entre Avaí e Grêmio pela Copa do Brasil o técnico da equipe gaúcha disse que não teria mais vontade de treinar o Leão após ter recebido muitas vaias na partida da Ressacada.

No último domingo, dia 9, antes da partida entre Avaí e Grêmio Prudente na Ressacada, o presidente do Leão João Nilson Zunino, questionado por uma informação do jornalista Roberto Alves, falou para a CBN/Diário sobre a sondagem do técnico Silas em tentar levar mais jogadores do Leão para Porto Alegre:

>>>> Ouça a entrevista de Zunino pela CBN/Diário

— O que você está dizendo é verdade. O Roberto me falou isso. O que mais pesa é que os dirigentes do Grêmio têm um relacionamento muito bom conosco. O Cícero tinha me ligado dizendo que o Silas estava interessado no Roberto. Não é apenas o Roberto, tem outros jogadores que o Silas vive ligando para ir para lá (Grêmio) porque eles vão ganhar três, quatro vezes mais, o que não é absolutamente verdade. O William e o Ferdinando que estão lá, ganham mais do que estariam ganhando aqui, mas não chega a ser duas vezes o que recebiam aqui, e muito menos pagariam para o Roberto.

Sobre esta situação envolvendo o ex-técnico avaiano, o presidente Zunino fala de uma clara tentativa de Silas em tentar desestabilizar o grupo de jogadores do Leão.

— Dá a nítida impressão que o Silas quer deixar indelevelmente marcada a sua passagem por aqui. Como é que ele pode fazer isso em curto tempo? É determinando a cizânia entre o elenco do Avaí. Se eu convido A, B, C, D, esses jogadores vão complicar a nossa vida. Mesmo que o Grêmio não os queiram eles vão complicar aqui.

Perguntado pelo comentarista da CBN/Diário Roberto Semensati se ele teria uma explicação para tal comportamento de Silas, Zunino insinuou que ele fica desequilibrado quando está sob pressão:

— Eu acho que ele se perdeu, talvez por não ter o dom da palavra. Eu fiz grandes elogios a ele em Porto Alegre, deve ter sido publicado e ele não deve ter se sentido muito bem perante a torcida do Grêmio e não soube se portar adequadamente naquela ocasião, coisa que eu até desculpava. Mas depois veio aqui e por conta dos acontecimentos de Porto Alegre a torcida o apupou, vaiou, ele não soube se comportar mais uma vez. Dizer que o Avaí nunca mais, que ele não trabalharia mais no Avaí é um outro desequilíbrio emocional que ele teve.

O Avaí volta a campo no próximo domingo, dia 16, pela segunda rodada do Brasileirão. Em Belo Horizonte, o Leão enfrenta o Cruzeiro, no Mineirão.