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Eleições  | 09/05/2010 10h01min

Como está, a ONU representa muito pouco, diz Lula ao "El País"

Em entrevista ao jornal espanhol, Lula também disse que não há como o PT peder as eleições de outubro

Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal espanhol El País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a "pouca representatividade" da Organização das Nações Unidas (ONU) e afirmou que o PT vencerá a eleição presidencial de outubro.

A ONU foi criticada no contexto das sanções que o Irã poderá sofrer por seu programa nuclear.

- Quero esgotar até o último minuto a possibilidade de um acordo com o presidente do Irã, para que ele possa continuar enriquecendo urânio, dando-nos a tranquilidade de que só vai utilizá-lo para fins pacíficos - disse.

Segundo Lula, a ONU precisa mudar "porque como está representa muito pouco".

- Por que o Brasil não é um membro do Conselho de Segurança? Por que não a Índia? Por que não há nenhum estado africano? - questionou.

Lula tem viagem marcada para o Irã no final da próxima semana para discutir uma solução negociada com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que visitou o Brasil em novembro do ano passado.

Em relação às eleições, Lula disse não ver possibilidade de o PT perder a disputa.

- Ganhe quem ganhar, ninguém fará nenhum disparate; o povo quer seguir em frente e não voltar atrás. Mas deixe-me dizer que não vejo a possibilidade de que percamos as eleições - afirmou.

Na reportagem, o El País elogiou a franqueza de Lula e disse que, por estar "em campanha eleitoral", aproveitou para "fazer propaganda de seu partido".

O jornal destacou também as críticas "provavelmente injustas" feitas por Lula contra seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

- O milagre brasileiro começou com Cardoso, professor respeitado e um democrata exemplar que controlou as contas públicas e venceu a inflação - disse o diário espanhol.

Ao El País, Lula destacou ainda que, se o Brasil mantiver a seriedade nas políticas fiscal e monetária, além dos investimentos e do controle da inflação, "terá tudo para se transformar em uma potência respeitada no mundo".

- Se a economia continuar crescendo entre 4,5% e 5,5%, em 2016 poderá se tornar a quinta economia mundial - afirmou o presidente.

Agência Estado
Reprodução, El País / 

Entrevista com o presidente brasileiro foi publicada neste domingo pelo "El País"
Foto:  Reprodução, El País


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