A diretoria do Joinville tinha, sim, uma lista de dispensas pronta após a derrota na final do Estadual para o Avaí. Mas a chegada do técnico Edinho Nazareth não deixou que a barca tricolor levasse para longe da Arena aqueles que não agradaram na reta final do Campeonato Catarinense. Tanto que o homem forte do futebol do JEC, Nereu Martinelli, mudou o discurso. Se antes ele falava que todo mundo sabia quem seria dispensado, hoje ele evita tocar no assunto.

Pelo jeito, todo mundo vai ter uma segunda chance com Edinho:

— Em duas semanas de trabalho, teremos uma melhor avaliação do grupo. Ainda é cedo para falar qualquer coisa — disse o comandante tricolor, apresentado na segunda-feira no clube. Mesmo assim, o treinador garante que não pediu a permanência de nenhum jogador:

— Se eles já tinham alguma decisão tomada, devem agir, seja para contratar ou para dispensar. Claro que para o bem de um projeto, é preciso ter um diálogo com a comissão técnica. Mas, se eles tomaram alguma decisão antes de eu chegar, não vejo qualquer problema — falou Edinho.

Na quarta-feira, o Joinville treinou no campo da Associação Atlética Tupy. O zagueiro Samuel — que tem contrato até dia 15 de maio — não treinou. Ele ficou na Arena se recuperando de dores no joelho. Machucados, o meia Emerson e o zagueiro Daniel Horst também não treinaram.

Edinho começa a preparar a equipe para a estreia na Copa Santa Catarina, domingo, às 16h, em Chapecó, contra a Chapecoense:

— Vamos apostar no entrosamento desses jogadores que estão juntos há algum tempo — adiantou o técnico do JEC.

Das últimas contratações, apenas o zagueiro Paulo Paraíba não está regularizado. Outros dois jogadores de defesa, Fernando e Souza, e o volante Luis André podem enfrentar o Verdão do Oeste.

O sistema defensivo do Joinville — bastante criticado nas finais do Catarinense — vai receber tratamento especial de Edinho:

— Não é porque um time toma muitos gols que a culpa é dos dois zagueiros. A zaga de um time deve ser protegida — observou.