Política | 03/05/2010 10h19min
Em entrevista na manhã desta segunda-feira à Rádio Gaúcha, o ex-ministro da Justiça e pré-candidato ao governo do Estado, Tarso Genro (PT), criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal que rejeitou proposta que questionava a Lei de Anistia, relacionada a crimes políticos no Regime Militar. Para Tarso, tortura deve ser considerada como crime comum e a responsabilização sobre os delitos representaria uma "exibição de um pacto democrático".
— Essa decisão é um erro histórico grave, pois coloca no mesmo plano aqueles que resistiram ao Regime Militar, aqueles que apoiaram o regime e aqueles que cometeram esses desatinos que não são aceitos pela legislação política ou penal comum de qualquer país —, aponta Tarso.
O ex-ministro acredita que a decisão vai reascender o debate sobre o assunto no país e pode influir em julgamentos em andamento sobre crimes ocorridos na época da ditadura.
— Não é correto dizer que estamos perseguindo pessoas para atingir as Forças Armadas. Elas cometeram delitos comuns.
Eleições
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O pré-candidato descartou a hipótese de concorrer ao cargo no Governo do Estado sem alianças. O petista afirmou que há possibilidade de fechar parcerias, mas não deu detalhes.
— Eu acho que nós vamos fazer alianças, não sei ainda qual é a sua extensão. Já temos sinais bem positivos que até a gente não pode divulgar — declara o pré-candidato.
Questionado sobre o PC do B, que já firmou aliança com Dilma Rousseff na corrida à Presidência, Tardo disse ter esperanças de agregar o partido em sua candidatura.
— Não vou dizer que tenho confiança porque seria uma pressão. Mas tenho muita clareza que o PC do B tem uma simpatia enorme para fechar uma chapa completa no país — afirma Tarso.
Confira a entrevista na íntegra:
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