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 | 03/05/2010 05h10min

Grêmio quer transformar Victor no Rogério Ceni do Olímpico

 






Transformar Victor no Rogério Ceni do Grêmio. Esse é o plano para o goleiro que acaba de erguer a sua primeira taça como jogador profissional, a do Gauchão 2010.

O presidente Duda Kroeff confirma a intenção. O goleiro vai mesmo ganhar um salário gigantesco, o maior de todos, se ficar no Olímpico.

O empresário do jogador, Fábio Mello, a cada dia se mostra mais satisfeito com a evolução do projeto Victor. E o goleiro, idem.

Até se tornar santuário de devoção dos torcedores do São Paulo, Rogério Ceni passou por contestações, na torcida e na imprensa. Diziam que se preocupava demais em se aprimorar nas cobranças de falta e em jogar com os pés, negligenciando as tarefas operárias do bom goleiro.

Não foi de um dia para o outro que Ceni virou mega ídolo do Morumbi, imune a qualquer má fase ou crítica.

O Grêmio pretende apostar em Victor da mesma maneira, para uma carreira longa no clube. Algo capaz de transformar o melhor goleiro do Brasil por dois anos seguidos como referência e símbolo. E que sobreviva a falhas pontuais, a exemplo do que ocorre com Ceni hoje.

— O Victor vai ficar. Sinto isso. Falo muito com ele e percebo que este nosso projeto o sensibilizou. Não vou dar como favas contadas, mas estou muito otimista. Hoje, diria que é mais fácil o Mário Fernandes sair do que o Victor, mesmo se oVictor for para a Copa — afirma Duda.

O preço de Mário Fernandes? Entre 12 e 15 milhões de euros. O interessado? Internazionale. O técnico José Mourinho viu o zagueiro jogar e gostou. Duda conversou com os dirigentes da equipe de Milão, finalista da Liga dos Campeões ao lado do Bayern, da Alemanha. Mourinho entende que pode lapidá-lo em pouco tempo. Mas a Inter ainda não se decidiu.

— Um negócio assim praticamente liquidaria nossas dívidas. Gostaria de ficar com os dois, Victor e Mário, mas reconheço: hoje, Victor está mais perto de ficar — resume Duda Kroeff, que acaba de ser tornar campeão 52 anos depois de um outro Kroeff, o patrono Fernando, caso raríssimo de pai e filho presidentes e vencedores de um clube do tamanho do Grêmio.

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