Davi, quando pequeno, derrubou Golias. Mais experiente, bateu em Figueirense e Joinville e já pode se considerar um gigante dentro de campo. Na vitória por 2 a 0 sobre nesta domingo na Ressacada, o camisa 20 fez um gol e participou da jogada do outro. Davi, o matador de gigantes, chega cada vez mais perto do tamanho do enormes que deixou para trás e joga, atualmente, um grande futebol.

Gaúcho, de Gravataí, Davi Rodrigues de Jesus completou 26 anos em abril. Com 1,75 de altura e 74 quilos, joga em uma posição carente  no futebol atual. Meia-armador, é o jogador "camisa 10" do time, no Avaí, porém, usa o número 20 — a 10 é cativa do experiente Sávio.

Decisivo, não atuou em parte da competição, mas quando jogou, fez a diferença. Davi marcou o gol de empate no clássico contra o Figueirense na final do Returno, abriu o placar no primeiro jogo contra o Joinville, na Arena, e fechou o marcador na segunda partida, na Ressacada.

Destaque nas finais, finalmente começou a render o que se esperava. O matador de gigante produz hoje em campo o que rendia nos treinos. Elogiado por Silas nos treinamentos, não rendeu em campo no ano passado. Na pré-temporada na serra gaúcha, em 2010, "comeu a bola", mas não fez boas apresentações no começo do Catarinense. Atualmente faz Caio e/ou Robinho renderem mais. Coloca mais bolas nos atacantes e ainda chega para finalizar.

Romântico, flertou com as redes duas vezes neste domingo de céu azul, mas foi "cortado" pelo goleiro Fabiano na primeira e pela trave na segunda. Na terceira chegou ao êxtase. No lance do gol de Roberto, Davi recebeu no meio da área, cortou um zagueiro mas chutou em cima do goleiro, no rebote, seu companheiro driblou Fabiano e fez.

Flertador, recebeu a redonda ainda no campo de defesa, tabelou com Roberto e saiu cara-a-cara com o goleiro. A gorducha beijou a trave caprichosamente. Preciso, recebeu presente de Caio na entrada da área, matou a bola e deu uma tapa, com a parte externa do pé esquerdo, e matou o goleiro.

Campeão, levanta com as mãos e braços uma taça profissional pela primeira na carreira. No peito, carrega o símbolo da Avaí Futebol Clube.