Política | 01/05/2010 20h27min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu neste domingo que muitos vão acusar de "política" a sua primeira participação, como líder de governo, em comemoração do Dia do Trabalho organizada por centrais sindicais. Acompanhado da pré-candidata do PT às eleições presidenciais de outubro, Dilma Rousseff, Lula disse estar duplamente alegre por participar das comemorações sindicais do Dia do Trabalho.
— Alguns vão dizer que é político, porque não vim nos outros anos do meu governo. Mas os outros que vieram, não foram considerados políticos — disse.
O fato, destacou o presidente, é que depois de sete anos de governo são poucos os líderes que têm coragem de enfrentar o trabalhador cara a cara.
— Geralmente, um presidente começa com alta popularidade e acaba saindo pela porta dos fundos — afirmou.
Em seu discurso de 15 minutos, Lula destacou os feitos de seu governo e defendeu a continuidade das ações adotadas durante sua gestão.
— O povo sabe quem eu quero que seja o próximo presidente.
Diante de um público formado por trabalhadores, Lula destacou que em seus dois mandatos houve forte reajuste do salário mínimo, criação de empregos e ganho real para todos os trabalhadores. Ao falar sobre a recente crise econômica, Lula destacou que foram os banqueiros, aqueles mesmo que falavam das crises nos países mais pobres, que desencadearam os problemas.
— Eles não olhavam para seus próprios bancos.
O presidente destacou que quem ajudou o Brasil a sair da crise não foram esses banqueiros, mas os pobres brasileiros, que continuaram a consumir para sustentar o crescimento econômico. O presidente também comentou o fato de ter figurado no topo da lista do homens mais influentes do mundo elaborada pela revista norte-americana "Time".
— Fico feliz por a Time ter dito isso. A elite brasileira dizia que eu não sabia governar e que eu não falava inglês. Eu não tenho inglês, mas tenho coração e consciência pelo povo brasileiro.
Nesta manhã, acompanhado de Dilma, Lula participou da festa comemorativa do 1º de maio organizada pela Força Sindical e pela Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), em São Paulo. Ambos são esperados em outros três eventos sindicais neste sábado, Dia do Trabalho.
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