O futebol muitas vezes — principalmente em partidas decisivas — é decidido nos detalhes. Mas, não foi isso que definiu a vitória por 3 a 1 do Avaí sobre o Joinville na primeira partida da final. O Leão da Ilha se mostrou muito superior e por isso ganhou. Mas alguns problemas do JEC ficaram evidentes.

Sem Tesser
Rafael Tesser, com dores nas costas, ficou fora do primeiro jogo da decisão. Assim, o Joinville perdeu a principal arma de ataque. Chiquinho entrou na equipe — Eduardo foi jogar na direita — esteve mal, tanto que acabou substituído no intervalo. Foi numa falha de marcação, justamente no setor que Chiquinho deveria estar, que saiu o primeiro gol do Avaí.

Segundo gol
O Avaí marcou o segundo gol no início do segundo tempo com a colaboração de dois jogadores do JEC. Primeiro, Samuel tentou sair jogando, perdeu a bola e o lance acabou em escanteio. Na cobrança, Rudnei ganhou da defesa e cabeceou. O goleiro Fabiano falhou e deixou a bola passar por baixo do corpo. O gramado molhado também ajudou o gol do Leão.

Terceiro gol
Minutos depois de marcar um gol com Ricardinho, o Joinville viveu o melhor momento na partida. Até acertou uma bola na trave, com Émerson. Mas, Cesar Prates deu um carrinho em Uendel na área. Num lance pelo menos duvidoso, o árbitro Paulo Henrique Bezerra marcou pênalti. Roberto cobrou bem para marcar e impedir qualquer reação do Joinville.

Sem criação
O Joinville foi um equipe sem criatividade no meio-campo. Em um campo pesado, a força física prevaleceu e o Avaí saiu ganhando com isso. O técnico Mauro Ovelha optou por deixar Miro Bahia no banco de reservas e escalou Émerson com a camisa 10. Miro Bahia é mais forte e, quando entrou, mostrou que poderia ser mais útil se jogasse desde o início.

E o Élton?
É estranho como Elton perdeu espaço no time do Joinville. Domingo, ele só ficou no banco porque Tesser ficou fora do jogo. Com a qualidade e a força física que tem, Élton poderia ter sido usado tanto no meio quanto na lateral. Ontem, o jogador admitiu que está triste com o momento que vive.

— Se continuar assim, vou procurar algo melhor pra mim — disse.

Concentração
O Joinville "se mudou" para Balneário Camboriú quatro dias antes da partida. A chuva atrapalhou o trabalho tricolor que pouco conseguiu treinar. Mas, a diretoria resolver concentrar a equipe em Joinville mesmo. A delegação vai para um hotel nesta quarta-feira onde fica até sábado, quando viaja para a Capital.