Titular da lateral-esquerda do Grêmio na vitória de 2 a 0 sobre o Inter no clássico Gre-Nal 380, disputado neste domingo, Neuton falou com bom-humor sobre uma confusão que nada tem a ver com o jogo. Ele pede para ser chamado de "Niuton", ignorando a grafia correta do nome.

Segundo o Neuton-Niuton, a confusão começou quando teve o nome escolhido pela avó, já falecida:

– Em Erechim todo mundo me chama de Neuton. Quando eu vim pra cá começaram a me chamar de Niuton. Quem fez essa besteira foi a minha vó, né. Não tenho ideia do que ela queria, e se queria fazer homenagem, vai se saber quem ela queria homenagear.

Sobre o Gre-Nal, estrear no time titular logo em clássico fez Neuton "tremer", conforme ele admite.

– Treme. Treme, sim. Eu não estava tão nervoso quanto no sábado. Mas deu tudo certo, o pessoal me passou muita tranquilidade. A hora que tu entra focado, concentrado, consegue desempenhar o trabalho sem pressão nenhuma – justifica.

O bom desempenho na lateral-esquerda tem explicação. Ele começou carreira, no Ypiranga de Erechim, atuando pelo lado do campo:

– Comecei como lateral no Ypiranga de Erechim, aqui no Grêmio que eu passei para a zaga. Estou adaptado.

Força no vestiário
Antes do jogo, Neuton recebeu apoio de jogadores experientes do grupo, para entrar em campo sem pressão, e à vontade.

– Todo o pessoal me passou força, o Jonas, o Victor. Me disseram para esquecer o contexto e jogar bem à vontade – lembra.

No intervalo, ele preferiu ficar em silêncio, enquanto Silas passava orientações, e os líderes do elenco gremista falavam.

– Eu não falei nada, fiquei quietinho no vestiário, só ouvindo os mais experientes. Não teve nada específico para mim. Foi um elogio coletivo, e muita coisa técnica, de encaixe na marcação, de posicionamento – conclui.