Em meio às investidas sobre o PP, ainda indefinido quanto a quem apoiar na disputa pelo Piratini, os grandes partidos também assediam legendas menores. Tudo para garantir maior espaço na propaganda eleitoral no rádio e na TV.

No foco das atenções das legendas de maior peso no Estado estão PHS, PMN, PR, PRB, PSC e PT do B. Algumas dessas siglas são pouco conhecidas em terras gaúchas, mas ocupam número considerável de cadeiras na Câmara. É o caso do PR, que herdou 25 cadeiras obtidas por Prona e PL na eleição de 2006.

Dos 30 minutos do horário eleitoral que começa em 17 de agosto, 10 minutos serão divididos entre todos os candidatos e o restante respeitará a composição das legendas na Câmara – levando em consideração as bancadas eleitas no último pleito. Enquanto o principal objetivo das siglas maiores é aumentar o tempo de exposição, as menores pretendem eleger, pelo menos, um deputado estadual e outro federal.

Vislumbrando um maior espaço para Tarso Genro no horário político, o PT já abriu negociações com as seis siglas.

– Temos interesse de ampliar, ao máximo, as alianças para termos mais base e mais tempo na TV. Todos aqueles que compuserem aliança conosco vão integrar um eventual governo respeitando a proporcionalidade – ressalta o secretário-geral da legenda, Carlos Pestana.

A exposição durante o horário político, no entanto, não é motivo de preocupação para o candidato Luis Augusto Lara (PTB). Com o apoio do DEM, anunciado na semana passada, o partido já garantiria quatro minutos e 40 segundos na propaganda obrigatória.

No emaranhado de letras, tem líder partidário que nem se lembra das siglas que mantém contato. Alguns têm ressalvas à falta de estrutura apresentada pelos partidos pequenos.

Em busca de maior apoio à candidatura da governadora Yeda Crusius à reeleição, o presidente do PSDB, deputado Claudio Diaz, já conversou com oito partidos, entre eles, PRB e PHS. O objetivo é definir as coligações na primeira semana de maio.

– Os partidos pequenos têm pouquíssimo tempo de TV, mas somando dois ou três, dá algo significativo. Um minuto de TV é muito – afirma Diaz.

Depois de conquistar o apoio dos pedetistas, o PMDB tenta ampliar a coligação do ex-prefeito José Fogaça em conversações com PR, PSC e PHS. Já o candidato do PSB, Beto Albuquerque, que negocia pessoalmente com quatro legendas, ainda promete participação dos partidos no conselho político em caso de uma eventual eleição.