| 17/04/2010 17h54min
O empate favorece o Avaí no clássico deste domingo, mas o técnico Péricles Chamusca evita pensar nesta possibilidade. Para ele, o time só vai usar esse resultado a seu favor nos minutos finais da partida. E por um simples motivo: na avaliação do treinador azurra, o time tem a vocação natural para atacar o adversário.
Confira a entrevista concedida por Chamusca:
Diário Catarinense — Como o Avaí deve entrar em campo neste clássico?
Péricles Chamusca — Nós temos várias possibilidades e um tempo curto de treinamento. Não dá pra fazer muita coisa. Então, vamos usar o espaço e o tempo disponível que temos para trabalhar as opções. Hoje é mais importante saber a posição do médico do que a do técnico.
DC — Jogar em casa com a vantagem do empate é um bom negócio para o treinador?
Chamusca — A nossa equipe tem a característica de tomar a iniciativa do jogo em casa. O que eu falo para os jogadores é que o empate é para se usar no final do jogo. Vamos entrar em campo com um posicionamento ofensivo, buscando a vitória como em qualquer jogo. O importante é ter equilíbrio, atacar e defender na mesma proporção. O Avaí tem uma pequena vantagem, e não precisa sair na loucura. Quem talvez possa se expor de forma desorganizada é o adversário.
DC — E o esquema tático já está definido?
Chamusca — Depende das questões médicas. O Emerson (zagueiro) pode retornar; o Sávio (meia) e o Vandinho (atacante) também; o Leonardo (atacante) está fora; e o Rudnei (volante) está fazendo testes. Então, temos uma série de opções para o jogo. Posso jogar com quatro zagueiros, com três, mas o principal é jogar com espírito guerreiro e garantir o título do returno.
DC — Qual a sua maneira de encarar um clássico que vale título e tem sido muito comentado pelos torcedores dos dois clubes?
Chamusca — Tenho um amigo que costuma usar a seguinte frase: "pressão é sinônimo de sucesso." E quando você está num jogo de grande pressão é porque está vivenciando uma grande final. Quem não quer sofrer pressão deve trabalhar em uma outra área que não seja a do futebol em alto nível.
DC — E sobre o adversário? Qual é a sua avaliação?
Chamusca — O Figueirense teve uma semana inteira para trabalhar e nós viemos de um desgaste maior por causa da Copa do Brasil. Não deve fugir muito da formação que eles vêm jogando. Estão sem o Lucas e o Jeovânio, mas volta o Maicon. O Renê pode fazer a lateral e o Ygor jogar no lugar do Jeovânio. É mais ou menos nesse padrão que estamos trabalhando, sem falar no Marcelo Nicácio, que pode entrar no lugar do Júnior Negão.
DC — No último clássico teve muita confusão. E agora? O que esperar?
Chamusca — Clima tranquilo em clássico é difícil. O jogo sim, acho que pode ser bem jogado, bem disputado, com respeito entre os atletas para fazer um espetáculo bonito para o torcedor.
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