| 10/04/2010 05h59min
Um dia após admitir ter cometido o pênalti do qual resultou o segundo gol do Pelotas, quinta-feira, o zagueiro Mário Fernandes afirmou que o atacante Clodoaldo “cavou” a falta. Sua nova versão surgiu após assistir aos lances do jogo pela televisão.
– Vi o lance pela TV e já não tenho mais certeza. Ele dá o tapa na bola e se joga. Minha perna bate nele, mas bater não quer dizer que foi pênalti – disse Mário.
A mudança de opinião do zagueiro revigora os protestos da direção contra a atuação do árbitro Fabrício Corrêa. Embora ressalve que o clube não transfere ao árbitro “sua incapacidade de ganhar”, o diretor de futebol Luiz Onofre Meira foi duro nas críticas à atuação.
– Ele não tem o perfil adequado para um jogo como o de quinta-feira. Estranhamos a indicação do oitavo árbitro do ranking para um jogo decisivo – protestou. Fabrício, na verdade, é o nono do ranking.
Na interpretação de Meira, Mário até pode ter atingido Clodoaldo,
mas sem a virilidade necessária para
derrubá-lo. Segundo o dirigente, Corrêa deixou de marcar em outras partes do campo diversas faltas iguais à cometida pelo zagueiro do Grêmio.
Meira também reclama de um pênalti de Jonathas Costa sobre Jonas, ainda no primeiro tempo.
Fabrício Corrêa, 35 anos, baseia sua defesa na primeira declaração de Mário, feita após o jogo, em que o zagueiro admite o pênalti. Também se vale do depoimento de alguns jornalistas de rádio e televisão, que confirmaram ter ocorrido a infração.
Garante, também, não ter ocorrido pênalti sobre Jonas.
– Vi a imagem. Os dois buscam se desvencilhar. Jonas tentou valorizar com a intenção de caracterizar o pênalti – analisou Corrêa.
As críticas de Meira quanto a sua posição no ranking dos árbitros não o abalam. Corrêa diz que apenas cumpre seu papel dentro de campo ao ser designado para os jogos pela comissão de arbitragem.
– Tento ser o mais isento possível –
garantiu.
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