| 10/04/2010 06h10min
Pode parecer só curiosidade, mas não é. É possível, talvez até provável, que seja decisivo.
Na disputa entre o gaúcho Fábio Koff e o carioca Kléber Leite, na próxima segunda-feira, dois resultados dão a vitória ao presidente campeão do mundo com o Grêmio em 1983. Se der empate, Koff emplaca o sexto mandato seguido e garante 17 anos no comando do Clube dos 13.
De acordo com o estatuto da entidade, o voto de minerva cabe ao eleitor mais velho. E o mais antigo do colegiado formado pelos 20 maiores clubes do país é o maior aliado de Koff contra Kléber e Ricardo Teixeira: Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo.
— Duro vai ser a gente arrancar a idade dele se der empate...— brinca Koff.
Vice de Koff, Juvenal tem 74 anos, mas detesta
revelar quantos anos têm.
Ontem, os presidentes dos quatro grandes de São Paulo almoçaram
juntos. O Corinthians vai de Kléber. O São Paulo, de Koff. O Palmeiras e o Santos estão indefinidos.
O Palmeiras se comprometeu com Koff, mas sofre pressão da Traffic, parceira na compra de jogadores e cujo dono, J. Hawilla, é ligado a Ricardo Teixeira, principal aliado de Kléber. O Santos do presidente Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro, novato entre os cartolas da bola, é uma esfinge.
Apesar das discordâncias, o quartero aprovou uma sugestão do Palmeiras: contratar uma empresa, mediante concorrência, para negociar a venda dos direitos de TV do Brasileirão. Serão mais de R$ 600 milhões em jogo.
A eleição é nesta segunda-feira, em São Paulo, no escritório do Clube dos 13. Votam os 20 clubes que integram a entidade.
Koff diz que tem 12 votos garantindos, sem chance de traição. Kléber garante que vence por margem mais estreita. Será a eleição mais disputada da história da entidade, criada em
1987.
Qualquer que seja o resultado, o Clube dos 13
sairá fracionado após uma campanha dura.
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