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 | 09/04/2010 14h10min

Antes dos palcos, cantor Diogo Nogueira tentou a sorte no ataque do Cruzeiro-PA

Sambista carioca faz show neste sábado no Teatro do Sesi, em Porto Alegre

Vinicius Rebello  |  vinicius.rebello@rbsonline.com.br

Filho de João Nogueira, saudoso compositor da nobre linhagem de sambistas, Diogo Nogueira, hoje com 28 anos, acostumou-se desde cedo a ser embalado por choros e sambas. A paixão pela música só não era maior que o amor pelo futebol.

O esporte era tão importante na vida do flamenguista Diogo Nogueira que, antes de fazer sucesso como cantor e compositor, tentou levar a vida dentro dos gramados. Em 2005, depois de participar de campeonatos amadores no Rio de Janeiro, resolveu aceitar o convite de um amigo para fazer teste no Cruzeiro, de Porto Alegre:

– Tenho uma irmã que mora em Porto Alegre e através de um amigo dela recebi o convite para fazer o teste. Não pensei duas vezes e embarquei para o Sul – explica Diogo Nogueira, que faz show neste sábado, no Teatro do Sesi, em Porto Alegre.

Indicado pelo ex-jogador Gilmar – aquele que fez o segundo gol do Grêmio no histórico Gre-Nal vencido pelo Inter por 5 a 2 em 1997 – Diogo agradou nos primeiros testes. Como centroavante, mostrava boa presença de área e acabou ficando no Cruzeiro. Morava no Centro de Porto Alegre e, nos momentos de folga, gostava de passear no Parque da Redenção.

– Adoro Porto Alegre, e sempre fui muito bem recebido pelos gaúchos – garante o cantor.

Depois de fazer a pré-temporada com o time da zona leste da capital gaúcha, recebeu um convite para assinar um contrato com o ex-zagueiro e hoje empresário Baidek. Mas uma grave lesão no joelho acabou mudando completamente a sua vida:

– Quando me contundi, voltei para o Rio de Janeiro muito chateado. Com pouco tempo lá, comecei a ser convidado para fazer participações em rodas de samba e shows que aconteciam na Lapa, e em todo o Rio. Aos poucos os convites aumentaram e formei a minha própria banda, começando a fazer meu próprio show. Nesse processo, a coisa começou a ficar séria. Fechei uma parceria com um empresário no Rio, que já cuidava da carreira da Beth Carvalho, e em seguida assinei um contrato com a minha gravadora EMI Music. De lá para cá tenho tido o privilégio de trabalhar sem parar, fazendo shows em todo o Brasil, mas não deixo nunca de jogar a minha pelada – revela Diogo Nogueira.

A lesão no joelho afastou Diogo Nogueira dos campos e deixou o Cruzeiro de Porto Alegre sem centroavante na época, mas, sem dúvida, garantiu ao Brasil mais um grande sambista.

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Arquivo Pessoal  / 

Quando criança, Diogo Nogueira sempre sonhou ser jogador de futebol
Foto:  Arquivo Pessoal


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