| 07/04/2010 05h10min
Está acontecendo de novo.
No Olímpico, se é jogador feito em casa, tem que sofrer mais que os outros.
Primeiro, Mário Fernandes na zaga. O técnico Silas chegou a afirmar que na lateral-direita ele seria titular, enquanto na área teria que se contentar com a reserva. Ainda bem que Mário teve personalidade, fincou pé em ser zagueiro e aí está, titularíssimo.
Depois veio Maylson, que até hoje não entende tanta demora para ser fixado no meio-campo. Bastou ter sequência e vieram boas atuações e gols em profusão. Não era necessário esperar: ele estava mais do que pronto. Bastava colocá-lo na equipe.
Agora é a vez de Willian Magrão, outro egresso das categorias de base. Posso apostar que Silas será dobrado
pelo seu futebol.
O país inteiro sabe que trata-se de uma afirmação, mesmo voltando de cirurgia no
joelho. O problema todo é que o mais cotado para sair é Ferdinando, protegido do técnico. Só por isso, por tratar-se de Ferdinando, a troca deve demorar ainda mais tempo.
A grande interrogação será quando Leandro e Souza voltarem. Souza não aceitará a reserva de Maylson de jeito nenhum.
Pode até se resignar por um tempo para não dar muito na vista, mas é óbvio que em seguida vai reclamar. Silas indicou que não aceitará resmungo dos medalhões, no que faz muito bem.
Só que o Grêmio não contratou medalhões para a reserva. Fábio Rochemback, por exemplo: veio e fracassou. Por isso os dirigentes tentam se desfazer dele. Não faz sentido manter um alto salário no banco, inflacionando a folha do mês.
Por enquanto, com os guris, tudo vai bem no Olímpico. Se o Grêmio bancar com toda a força e convicção uma de suas melhores safras da base dos últimos tempos, a tendência é melhorar
ainda mais.
Do contrário, se ceder sob argumentos questionáveis
acerca de ''experiência'' e "tempo do futebol para utilizar os mais jovens", pode se perder.
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