| 19/03/2010 09h04min
Dez vitórias consecutivas serviriam de salvo-conduto para qualquer treinador. A regra, porém, parece não valer para Silas, visto, ainda, com desconfiança por significativa parcela da torcida do Grêmio e da crítica. O que falta, afinal, para Silas?
– O time é muito leve, precisa começar a se desenhar, ter mais identidade. Parece ter sido armado do meio para trás. A zaga precisa ser mais protegida pelos volantes – analisa o ex-presidente Paulo Odone.
Ele diz sentir falta da antiga forma de atuar, em que o Grêmio perturbava o adversário ao lhe retirar os espaços. Ainda assim, Odone admite que alguma evolução houve nos últimos jogos.
A mais recente demonstração de que o técnico está longe de ser uma unanimidade foi dada no jogo contra o Inter-SM, domingo. Houve vaias quando o nome de Silas foi anunciado pelo serviço de alto-falante do Olímpico. E também na troca de Maylson por Fernando. O diretor de futebol Luiz Onofre Meira minimiza. Para ele, a resistência "é apenas de alguns poucos torcedores".
Apesar de não ter visto, até agora, a chamada atuação empolgante da equipe, o ex-presidente Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, acredita que Silas esteja no caminho certo.
– O time não está no ponto, mas as vitórias dão confiança para a sequência do trabalho. Hoje, o lateral vai ao fundo e, mesmo que erre, vai tentar de novo. Confiança é chave no futebol – opina Cacalo.
Dez vitórias consecutivas não representam, necessariamente, que um time esteja pronto.
– Depende do adversário – avalia Ruy Carlos Ostermann, comentarista e apresentador do programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha.
De fato, a longa invencibilidade não é sinônimo de time sem defeitos. Mesmo na vitória contra o Novo Hamburgo, que garantiu a conquista da Taça Fernando Carvalho, o futebol foi fraco. Após o 1 a 0 contra o Porto Alegre, a indignação da torcida com o rendimento da equipe chegou ao vestiário, com críticas de Meira e do presidente Duda Kroeff. No dia seguinte, porém, os dois se apressaram em dizer que Silas não estava a perigo no cargo.
No caso do Grêmio, Ostermann vê uma equipe bem encaminhada, com a defesa armada e o meio-campo em vias de definição.
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