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 | 09/03/2010 11h44min

Bruno Silva justifica sua escalação: "Lá não se pode apoiar toda hora"

Lateral-direito uruguaio tem experiência na altitude

Eduardo Cecconi  |  eduardo.cecconi@rbsonline.com.br

Grande surpresa do treino desta manhã, a escalação de Bruno Silva no lugar de Nei foi o assunto da entrevista coletiva no Beira-Rio. O lateral-direito uruguaio deve ser titular contra o Deportivo Quito quinta-feira, às 23h30min (horário de Brasília), pela Libertadores. Em suas palavras, ficaram claros os atributos que levaram Fossati a optar por ele: as virtudes defensivas e a experiência na altitude.

— Eu já conheço bem a função. Na altitude, é preciso ter mais precaução com o sistema tático. O ala não pode subir toda hora. Fossati já trabalhou lá, e sabe da importância da bola parada e do chute de longe. Lá não se pode apoiar toda a hora. Tem que estar tranquilo, apoiar no momento certo, e ter posse de bola também.

Porém, o jogador faz questão de evitar rótulos:

— Eu fui muito tempo lateral em linha de quatro. Gosto de apoiar, mas não me considero nem marcador, nem apoiador. Não gosto de falar de mim, prefiro que vocês analisem. Não tenho problema se vou apoiar ou não, conheço bem a posição.

Além disso, poderá conversar com os árbitros.

— O árbitro é ser humano também, há momentos que é preciso falar com ele. Temos muitos jogadores experientes. O Índio, por exemplo, campeão da Libertadores e do mundo. Mas temos que nos preocupar mais com o jogo, e menos com o árbitro — ressalta.

Bruno Silva afirma que sua escalação ainda não é certa.

— O Fossati não falou nada especial comigo. Hoje ele me colocou no time, mas não está nada confirmado ainda. Isso está na cabeça do treinador. O nosso grupo é muito forte, o Nei é um grande jogador. Vai depender do decorrer do jogo, todo jogo é diferente. Tenho muita experiência na altitude. Já joguei em La Paz com a Seleção Uruguaia, saímos perdendo por 2 a 0, empatamos no segundo tempo e quase viramos — lembra.

O uruguaio garante que se dá muito bem com Nei e conta um episódio curioso da estreia do Inter na Libertadores, quando o seu "rival" marcou um golaço:

— Minha concorrência com o Nei é muito sadia. Quando ele joga, sou o torcedor número um dele. No intervalo, disse para ele chutar, ele chutou e fez o gol contra o Emelec. Se Deus quiser, vamos trabalhar todos juntos para colocar o Inter no lugar mais alto da Libertadores.

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