Didi e Vavá. Pelé e Coutinho. Bebeto e Romário. Esses são apenas alguns exemplos de parcerias que renderam muitos gols dentro de campo e muita alegria às torcidas nas arquibancadas. Guardadas as devidas proporções, o Metropolitano parece estar ganhando uma dupla para guardar na memória. O desempenho de Leandrinho e do argentino Mariano Trípodi anima os torcedores do Verdão a pensar assim.

A dupla marcou quatro gols, três com o argentino e um com Leandrinho. Juntos, são responsáveis por um terço dos 12 gols que o Verdão fez até aqui no Estadual. A história é recente, começou a ser construída no último dia 7, no Sesi, contra o Atlético-Ib: Trípodi e Leandrinho comandaram o ataque na goleada de 4 a 1 sobre o time da Baixada. O primeiro gol do Verdão, inclusive, saiu de uma trama da dupla. Depois de um bate e rebate dentro da área, Leandrinho dominou a bola e só rolou para o argentino encher o pé e estufar as redes.

No jogo seguinte, contra o Brusque, fora de casa, foi a vez de o argentino retribuir a gentileza. Depois de uma bela jogada individual, Trípodi lançou para Leandrinho que, dentro da área, só empurrou a bola para marcar o gol da vitória por 1 a 0. Mas o que alguns torcedores podem não saber é que a parceria ultrapassa os gramados.

Os dois são vizinhos e estão, sempre que possível, juntos. Seja para ir ou voltar dos treinos no CT das Itoupavas, almoçar e até mesmo sair para se descontrair, a dupla está sempre unida. O bate-papo após os jogos em uma das pizzarias de Blumenau é quase que sagrado. Segundo Leandrinho, a aproximação foi inevitável:

— Aprendi a falar espanhol quando joguei na Moldávia. Então, fomos criando uma parceira bem legal — explicou.

Trípodi considera muito importante o bom relacionamento com os companheiros de time fora de campo e espera que a parceria com Leandrinho possa render muito balanço de rede para o Metropolitano.

— É muito bom isso. Espero façamos mais gols, pois a gente se cobra muito um ao outro — comentou.

Cumbia e pagode ditam o ritmo da dupla

No momento em que as duplas do chamado sertanejo universitário tomam conta do cenário musical, são outros dois estilos musicais que ditam o ritmo da dupla de artilheiros do Metrô. Trípodi é fã da cumbia, ritmo que nasceu na Colômbia, mas é muito popular e tem uma vertente na Argentina (e ganhou fama no Brasil durante a passagem do argentino Carlitos Tevez pelo Corinthians). O argentino do Verdão, porém, diz que o que Tevez dançava não é a cumbia verdadeira.

— Aquilo era uma mistura de cumbia com reggaeton — brinca.

Leandrinho, manezinho da Ilha, é adepto do pagode e está tentando deixar o argentino um pouco mais brasileiro.

— Já ensinei ele (Trípodi) a cantar algumas músicas e ele vai bem. É esperto — afirmou.

Qual seria o resultado desses dois ritmos musicais? Nenhum dos sabe responder. Mas dentro de campo, a mistura do pagode com a cumbia tem colocado as defesas adversárias para dançar e vem rendendo gols para o Verdão. Que continue assim.