| 22/02/2010 07h47min
Ainda no sábado, o presidente Duda Kroeff admitiu que “secaria” o Inter no domingo. Foi o que ele fez ontem. E deu certo. Depois, saiu de casa no início da noite e foi ao cinema.
O discurso de humildade marcará a semana do Grêmio até a decisão da Taça Fernando Carvalho, domingo, no Olímpico. A surpreendente vitória do Novo Hamburgo contra o Inter servirá como alerta para que os jogadores evitem manifestações mais empolgadas.
A possibilidade da conquista do título, no entanto, anima os dirigentes. Desde 2007, quando o time conquistou o Gauchão, nenhuma taça entra no memorial do clube. Vencer o primeiro turno do Gauchão representará, também, um fortalecimento ao trabalho do técnico Silas, que sofre contestações de parte da torcida.
De folga até amanhã, os titulares foram orientados pela assessoria de imprensa a evitar entrevistas. A declaração mais forte, em tom de ironia, foi feita ainda no sábado pelo centroavante Borges. Perguntado sobre qual
adversário ele preferiria enfrentar na
decisão, foi direto:
— Primeiro, eles têm que chegar lá — disse.
Também sábado, num inesperado desabafo, o meia Hugo disse que não passava pela sua cabeça ser reserva no Grêmio. Ele reclamou de ter de provar a capacidade nos times por onde passa, apesar do carinho dos torcedores. E se disse prejudicado pela ausência de grife.
— As coisas, para mim, sempre foram difíceis. Acho que meu problema é não ter grife e não cair no gosto da imprensa — queixou-se.
Uma nova lesão no pé direito, sofrida por Leandro no segundo tempo, poderia abrir-lhe a vaga na decisão. Leandro, contudo, apesar de ter saído de campo chorando, na maca, já caminhava normalmente no vestiário, o que garantirá sua escalação domingo.
— Estamos chegando perto do time ideal — admitiu Silas, dando a entender que esquema tático e escalação serão mantidos.
Contra o Inter-SM, ele conseguiu pela primeira vez, em 11 jogos, repetir a
equipe. O técnico elogiou a maturidade dos jogadores, que tiveram
paciência até surgir o primeiro gol, aos 34 minutos. E deu um recado à parcela da torcida que desconfia de sua capacidade.
— Ainda sou novo como treinador, mas nada que venha de fora irá alterar meu ritmo. Preciso ter convicções, mesmo que leve dois ou três meses para agradar o torcedor — afirmou.
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