Não se fala em outra coisa na pré-temporada do Inter, realizada em Bento Gonçalves. O técnico Jorge Fossati e o preparador físico Alejandro Valenzuela quebraram um paradigma ao priorizar os trabalhos táticos com bola desde o primeiro dia de treinos.

Todos os jogadores consultados se dizem positivamente surpresos com a metodologia, pouco utilizada no Brasil. Até mesmo o volante Guiñazu, que adora atividades físicas exageradas, vestindo capa de chuva para aumentar a sensação de desconforto, gostou da mudança.

— É um trabalho totalmente diferente, ele coloca a bola, mas faz o físico também. É um outro incentivo. O grupo gostou, que seja bem-vindo. Sabemos que o objetivo final é um excelente preparo físico — avalia.

O jogador afirma que, mesmo com a aparente diminuição na carga de trabalhos físicos, o corpo sente o impacto do trabalho:

— Estou ótimo. Com um pouquinho de dor, mas isso vai passando, é normal. A gente supera isso bem, trabalhando.

Guiñazu também falou, após o treino desta quinta, sobre a conversa que teve com Fossati. Eles esclareceram as negociações envolvendo o jogador, que quase o tiraram do Inter.

— Conversei com o Fossati tranquilo, ele me escutou, eu escutei ele, está tudo normal, tranquilo. Agora é trabalhar, pensando só no Inter, esperando uma oportunidade ali na frente, como eu sempre fiz — afirma.