| 18/12/2009 05h02min
1 A novela Hugo e Borges
É uma novela que se arrasta desde as últimas rodadas do Brasileirão. Hugo e Borges, no fim deste mês, ficam livres do vínculo com o São Paulo. Ambos assinaram pré-contrato com o Grêmio. Aos dirigentes, portanto, só resta esperar. O problema é que, se aparecer um clube europeu até lá, os dois podem não vir. E aí o Grêmio terá perdido tempo precioso na busca dos tão sonhados meia e atacante. Leandro, do Verdy Tokyo, segue nos planos. Ferdinando, 29 anos, volante do Avaí, é a realidade: este já está contratado.
2 Léo em troca de dívida
O zagueiro vai mesmo para o Palmeiras em troca de uma dívida antiga em execução, de R$ 8 milhões, referente à vinda de Paulo Nunes em 2000. Ontem, Duda Kroeff reuniu-se pela manhã e também à tarde com o gerente de futebol do Palmeiras, Toninho Cecílio, no Olímpico. Os dois saíram falando a mesma língua: os dois clubes querem e as tratativas “evoluíram
muito”, como diz Cecílio. Maurício, zagueiro do Palmeiras,
pode entrar no negócio como um empréstimo ao Grêmio. Mas a dívida será quitada. Se o valor de Léo ficar em R$ 6 milhões, o Grêmio terá o direito de dividir o restante em muitas parcelas. Os empresários gaúchos Jorge Machado (D, foto acima), de Léo, e João Francisco, (E, foto) do Palmeiras, estão otimistas.
3 Hora de vender Douglas?
O Grêmio precisa vendê-lo. Não se desfaz de um jogador de expressão desde Rafael Carioca para o Spartak, de Moscou. Duda Kroeff afirma, com certo pesar, mas é quem diz:
– Se vendermos, o dinheiro será para pagar credores, e não para comprar um reforço de lotar aeroporto. E, se não vendermos, o que de certa forma torço para que aconteça, os credores terão a santa paciência de esperar mais um pouco. É o jeito. O Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, ofereceu 6 milhões de euros. O Grêmio retrucou: quer 7 milhões e ainda ficar com 20% dos direitos. Isso foi há quatro dias. Não houve resposta. Se os ucranianos
acenarem com 6,5 milhões, Douglas vai.
4
Falta dinheiro em caixa
Preso a dívidas do passado que escoam recursos para o condomínio de credores criado em 2005 a cada jogador vendido, o presidente Duda Kroeff prefere não criar falsas expectativas quanto a reforços. É até duro ao tratar do assunto. Repare no recado de ontem do presidente:
– Não temos como alcançar grandes contratações. Podemos trazer um Hugo, um Borges, jogadores em fim de contrato. E que, ainda assim, aceitam parcelar as luvas. Sem dinheiro em caixa, temos que nos submeter a esta condição. O torcedor fica apreensivo? Eu também. Mas é nossa realidade.
O passivo é de R$ 150 milhões (R$ 70 milhões renegociados na Timemania, R$ 30 milhões do condomínio e o restante com investidores, questões trabalhistas e fornecedores).
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