| 07/12/2009 14h35min
Um dia após o fim de seu contrato como treinador do Inter, Mário Sérgio declarou em entrevista ao programa Arena SporTV, na tarde desta segunda, que a direção colorada não tinha convicção em seu trabalho quando o contratou. Em tom de desabafo, o ex-jogador colorado afirmou que atualmente os clubes só procuram contratar "técnicos de grife".
– Quando eu cheguei lá, agora, os caras me olharam atravessado, como quem diz "será que este cara tem potencial para segurar essa bronca?". Se fosse um técnico de grife, satisfaria o clube e o torcedor – disse Mário Sérgio.
Questionado se a direção o contratou por ter convicção em seu trabalho, Mário Sérgio respondeu de maneira simples:
– Convicção? Não – disse o treinador, que revelou as opções que o Inter tinha para substituir Tite: – O mercado estava difícil. Havia dois disponíveis: (Émerson) Leão e eu. E eles optaram por mim. Tenho plena consciência disso.
O comandante colorado na reta final do Brasileirão elogiou o trabalho do técnico do Flamengo, Andrade, com quem jogou nas categorias de base rubro-negras. Ao afirmar que torce pelo ex-colega, Mário Sérgio disparou contra dirigentes e treinadores, mas sem citar nomes.
– Novos profissionais têm de surgir. Estou tomando verdadeira ojeriza do profissional de grife, o marqueteiro. Eles ficam dizendo "eu ganhei, eu ganhei". Ganhou nada! Quem ganha é o jogador. Quando um dirigente me diz que ganhou, eu pergunto: "onde está seu nome na escalação?".
Questionado sobre os motivos que o levaram a assumir o Inter, Mário Sérgio deixou o desabafo de lado e mostrou ser admirador da qualidade do plantel colorado.
– Fui para lá porque eu acreditava no time. Acompanho o Inter desde o início. É um baita time. Mesmo com as saídas de Nilmar e Magrão, que foram irreparáveis, era um ótimo time – declarou.
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