| 14/11/2009 11h04min
Além do sucesso de público, da justiça em premiar o mais competente, de acabar com a lógica de que só o campeão deve ser valorizado e de equilibrar uma temporada recheada de bons torneios de mata-mata, acabo de descobrir mais um aspecto positivo dos pontos corridos.
Graças a necessidade de torcer também pelos resultados paralelos, o Brasileirão deste ano está contribuindo para atenuar o processo de imbecilização e intolerância da rivalidade Gre-Nal.
O jogo do Grêmio contra o Cruzeiro, hoje, é um exemplo. Repare no que me disse ontem Fernando Carvalho. Como se sabe, a combinação de resultados que devolve o Inter ao G-4 passa por vitória do Grêmio no Mineirão.
— Vou assistir o jogo desejando uma derrota do Cruzeiro — brincou o vice de futebol do Inter.
E Taison, acompanhe
o raciocínio, corretíssimo e civilizado, do atacante:
— O Inter não
quer entrar no G-4? Para entrar no G-4 não temos que ganhar do Santos e o Cruzeiro não tem que perder? Então.... É bom para o Inter, pô!
No ano passado, o Inter tirou pontos de concorrentes do Grêmio na reta final do campeonato. Este ano, o Grêmio já impediu o São Paulo de somar três pontos no Olímpico. Teria vencido não fosse o pênalti claro não marcado em Fábio Santos. Pode perder no Mineirão, assim como o Inter perdeu no ano passado para o São Paulo no Morumbi, mas daí a carimbar derrotas assim, fora de casa, como suspeitas é caso de internação sumária.
Portanto, aquela história de não torcer pelo rival mesmo que isso seja ótimo para o seu time sob alegação de profanação da santa rivalidade Gre-Nal vai ficando só no terreno do folclore.
As gozações ganham um tom mais divertido e inteligente, empurrando a paranóia para o campo da chatice insuportável. Gremistas já foram beneficiados por colorados e vice-versa no sistema de pontos corridos. Está
cada vez mais difícil criticar o
Brasileirão com jogos de ida e volta.
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