| 10/11/2009 07h10min
Quando acertou a contratação de Paulo Autuori, no final do primeiro semestre de 2009, o Grêmio aguardou um longo período até que o treinador se desvinculasse do Al-Rayyan, clube que treinava no Catar. Neste período, após a saída de Celso Roth do Estádio Olímpico, quem comandou a equipe, até mesmo em jogos pela Copa Libertadores, foi o interino Marcelo Rospide.
Agora, meses depois de assumir o time do Grêmio, Paulo Autuori estuda a possibilidade de retornar ao Al-Rayyan após receber uma oferta de R$ 700 mil mensais. Uma reunião no Olímpico nesta terça-feira deve definir o futuro do técnico no clube. O Grêmio dá uma espécie de ultimato ao treinador.
Apesar disto, Luiz Onofre Meira garante que o clube não se sentirá traído caso Autuori decida abandonar o Estádio Olímpico:
— Acho que traído não. Frustrado sim, que é um sentimento menor. Não existe como concorrer com números tão expressivos. O que temos é a confiança no homem, na
dignidade do homem, e naquilo que ele está
fazendo no Grêmio. Ele está magoado por não termos conseguido os objetivos. Ele se responsabiliza por isso. Ele, em todos os momentos em que conversamos, mostrou a transparência do que tem recebido. Ele se mostra consciente de que tem um compromisso com o clube — disse o vice-presidente de futebol.
Meira afirmou que o Grêmio já tem um plano B em caso de saída do atual treinador. O clube sonda o mercado, mesmo sem saber se Paulo Autuori permanece no cargo ou não no ano que vem. Para o dirigente gremista, Autuori já deve ter decidido o futuro:
— O momento que vivemos é este. Mas a preocupação maior é a permanência do treinador. Não temos nenhum sinal de que ele irá deixar o clube. Neste final de semana de folga, certamente se reuniu com os familiares para buscar o amparo e definir seu futuro.
A permanência do treinador significa, para a diretoria gremista, o primeiro passo para a gestão de continuidade proposta pelos atuais
dirigentes:
— Em 2010, o Grêmio terá aquilo que
se propôs a fazer ano a ano, de ter um planejamento bem definido para fazer contratações. Quando entramos eu e o Krieger, em abril de 2008, tivemos que montar todo um grupo para o Brasileiro e no final daquela temporada tivemos que montar um grupo novo para a disputa do Gauchão. Isto acaba gerando muitos erros. Tu acabas contratando sem planejamento e trazendo atletas em disponibilidade no mercado. Futebol se faz com responsabilidade, seriedade e planejamento — encerrou Meira.
Paulo Autuori estuda a possibilidade de retornar ao Al-Rayyan após receber uma oferta de R$ 700 mil mensais
Foto:
Vinicius Rebello
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