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 | 21/08/2009 20h11min

BNDES admite ajudar Estados a construir estádios para a Copa de 2014

Presidente do banco diz que intenção do governo é não usar recursos do Orçamento Geral da União

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, afirmou nesta sexta-feira que o BNDES poderá ajudar Estados brasileiros na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014.

Em entrevista coletiva durante o lançamento do Museu Pelé, na sede do banco no Rio de Janeiro, Coutinho afirmou que a intenção do governo é não usar recursos do Orçamento Geral da União e que o BNDES planeja estruturar Parcerias Público Privadas (PPP) para o projeto do Mundial no Brasil.

– Poderemos cumprir um papel importante de assegurar uma infra-estrutura necessária de estádios dentro dos padrões da Fifa. Queremos fazer isso com o rigor de condições de custos que correspondem a essas especificações da Fifa – disse Coutinho, acrescentando que a criação de PPPs será uma operação complexa porque depende da estruturação de recebíveis (fluxo futuro de recursos gerado ao longo dos anos) que "tenham consistência".

Perguntado sobre o envolvimento em construção de estádios, o presidente do BNDES disse que o banco “pode financiar o setor privado e, ou, financiar estados ou locais que não comportem porque o mercado não sustentaria um empreendimento”.

– É um processo que estamos analisando, estudando, e há um certo tempo para isso.

Coutinho disse ainda que não há problema em relação a outros setores, como a parte hoteleira, para o apoio do BNDES na realização da Copa de 2014. Para ele, o principal é deixar o Brasil pronto para receber o Mundial em condições dignas.

Presente na sede do BNDES no Rio para a assinatura do contrato de patrocínio de R$ 6 milhões para a construção do seu museu em Santos, Pelé afirmou que o uso de dinheiro público para a organização do Mundial seria bem-vindo caso seja bem administrado.

– É um evento de um mês, que chama a atenção do mundo todo. Depois que a Copa acaba, temos que ver o que ela deixa para o país. Se tiver esse cuidado para a infra-estrutura e reformas dos estádios, pois atualmente nenhum está pronto para o Mundial, eu acho que seria bem aplicado o dinheiro. Sem dúvida. Mas tem que tomar cuidado para o povo não ter que pagar. Se isso for bem administrado, não tem problema nenhum – afirmou.

As informações são do site Globoesporte.com.

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