| 23/06/2009 13h10min
Sílvia Izquierdo, AP, 8/6/2007
Compreende-se o fato de os torcedores do Inter estarem com a cabeça na final da Copa do Brasil do dia 1º de julho, contra o Corinthians, no Beira-Rio. Vale vaga na Libertadores e, para completar, já o histórico de favorecimento da arbitragem aos paulistas. Se já havia clima de revanche engasgado depois do que aconteceu no Brasileirão de 2005, imagine agora, sem o apito no pênalti em Alecsandro e a falta cobrada com a bola rolando no gol de Ronaldo, no Pacaembu. Mas a Recopa é um título importante. Desprezá-la é um erro. Por quatro
motivos.
1) A Recopa rende um bom dinheiro. São US$ 500 mil (R$ 972 mil) em caso de sucesso nos dois jogos
contra a LDU, do Equador. Imagine. Em tempos de crise, faturar quase R$ 1 milhão em 190 minutos é uma dádiva, ainda mais para um clube brasileiro.
2) Se conquistar o bicampeonato, o Inter empata com São Paulo e Olimpia (Paraguai) e se torna o segundo vencedor do torneio. O maior campeão da Recopa é o Boca Juniors, com quatro conquistas. O Inter ficou com a taça em 2007 (na foto, Fernandão, Iarley e Clemer). Perdeu para o Pachuca no México por 2 a 1, mas o golaço salvador de Alexandre Pato tornou mais fácil os 4 a 0 do Beira-Rio.
3) Trata-se de um título prestígio nas Américas. Claro que não é Libertadores ou Mundial, é óbvio, mas não existe só Libertadores e Mundial na face da terra. Se ganhar Recopa fosse ruim, o Boca não daria volta olímpica toda vez que ganha. E nem o Olé, no dia seguinte, estamparia em manchete: "Boca, el rey de copas". Dezenas de países transmitirão as duas
partidas da final. No caso do Inter, se conquistar o bi, terá
sido contra o atual campeão da Libertadores.
4) Em caso de boa largada na quinta-feira, o Inter retoma a confiança. Que se perdeu em algum lugar dos últimos cinco jogos sem vitória. E infla o peito para tentar a jornada épica contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, única forma de virar os 2 a 0 do Pacaembu.
Não são motivos suficientes para o Inter e a torcida valorizarem a Recopa e esquecerem, pelo menos até quinta-feira, o Corinthians de Ronaldo?
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