| 30/05/2009 05h10min
AP, 17/12/2006
O junho vermelho reserva ao Inter um jogo a cada quatro dias por três competições diferentes. Duas decisões de campeonato. Isso, é claro, se o Inter não perder para o Coritiba por dois gols de diferença no Couto Pereira e jogar fora sua vaga na final da Copa do Brasil. Mas, em tese, são duas decisões. A outra é a Recopa. A partida de ida contra a LDU, do Equador é no Beira-Rio. No meio disso tudo, só pedreiras pelo Brasileirão: Cruzeiro no Mineirão, Flamengo, Vitória. Anote os jogos do junho vermelho:
Dia 3: Coritiba x
Inter
Dia 7: Cruzeiro x Inter
Dia 14: Inter x Vitoria
Dia 17: Final da Copa do Brasil (1º jogo)
Dia
21: Flamengo x Inter
Dia 25: Inter x LDU
Dia 28: Inter x Coritiba
Só tem um problema. Não um problema qualquer, mas o pior possível dentre todos os problemas de time possíveis de acontecer justamente nesta hora.
Não haverá Nilmar no junho vermelho.
Ele estará na Seleção Brasileira de 1º a 28 de junho, para os dois jogos das Eliminatórias (Paraguai e Uruguai) e Copa das Confederações. É para amenizar o drama de não contar com o seu jogador mais decisivo justamente no mês em que pode encaminhar dois títulos que o Inter mais uma vez recorreu ao empresário Delcir Sonda.
O dono da rede de supermercados é o Theo Van Gogh colorado. Comos se sabe, foi Theo, irmão de Vincent Van Gogh, quem deu suporte logístico e financeiro para o irmão tornar-se, entre crises de loucura, no gênio da pintura pós-impressionista do século
XIX.
O Inter trouxe Bolaños pensando exatamente no junho vermelho. Aliás,
Bolaños é cobrador de faltas, como mostra a foto, no instante do gol do equatorinao contra o Pachuca por 2 a 0, no Mundial de Clubes do ano passado.
Parecia exagero trazer outro atacante deste nível em um grupo tão numeroso e qualificado. Mas quem é o reserva pronto e confiável para substituir Alecsandro ao lado de Taison se a urgência assim determinar? Talles Cunha e Leandrão?
Contra o Avaí, amanhã, será o último jogo antes do início do junho vermelho. Um junho que se estenderá julho adentro.
Embora o Inter tenha tudo para encaminhar os títulos nos jogos de ida, sobretudo o da Recopa (Beira-Rio), as finalíssimas serão em julho, tanto em Quito quanto o da Copa do Brasil. E em julho tem Gre-Nal pelo Brasileirão. Mas julho só será vermelho também se as cores começarem a ser pintadas em junho. O junho vermelho.
Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.
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