O ouro não é mais possível, mas Maria Clara e Carolina ainda têm grandes chances de conquistar medalha no Aberto de Dubai, 17ª etapa do Circuito Mundial de vôlei de praia. Batidas pelas norte-americanas Kerri Walsh e Nicole Branagh por 2 a 0 (21/15 e 23/21) nas semifinais desta sexta-feira, as brasileiras voltam a fazer um duelo de irmãs contra as austríacas Doris e Stefanie Schwaiger, neste sábado, na disputa pelo terceiro lugar.

As jogadoras cariocas venderam caro a derrota para as grandes favoritas do torneio – Kerri Walsh é a atual bicampeã olímpica ao lado da parceira regular Misty-May Treanor e Nicole Branagh venceu o Aberto de Barcelona em maio ao lado de Elaine Youngs. O que acabou pesando contra foi a instabilidade inicial no primeiro set, quando saíram em desvantagem de 7/1. Depois, equilibraram as ações na quadra central do Jumeirah Beach Park e chegaram a desperdiçar um set point na segunda parcial.

– Elas jogaram muito bem, mas também vacilamos muito contra uma dupla altíssima. Melhoramos ao longo da partida, a Carol chegou a pegar alguns bloqueios e fazer dois aces, mas não deu – comentou Maria Clara.

Apesar do crescimento que a equipe austríaca vem experimentando na temporada, marcado pelo quinto lugar nas Olimpíadas de Pequim, Maria Clara e Carolina têm tudo para levar o bronze. Os dois times já se encontraram nas oitavas-de-final, em jogo vencido pelas brasileiras por 2 a 1. Hoje, as austríacas perderam para outra forte dupla norte-americana na segunda semifinal – April Ross e Jennifer Boss ganharam por 21/9 e 21/16.

– Elas erraram ainda mais do que a gente no jogo delas. Acho até que as duas duplas esgotaram o estoque de erros hoje – brincou Maria Clara.

– Nossas possibilidades são boas, mas não será fácil – completou.

Independentemente do resultado final em Dubai, Maria Clara e Carolina consolidaram a terceira colocação no ranking de 2008 e se aproximaram das vice-líderes Renata e Talita, que não foram aos Emirados Árabes Unidos. As campeãs antecipadas Ana Paula e Shelda também abriram mão da longa viagem.

– Sabemos que essa colocação está sendo facilitada pelo ano olímpico, já que várias equipes fortes deixaram o circuito meio de lado, mas não deixa de ser uma prova de nossa evolução – finalizou Maria Clara, capitã da dupla.