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 | 29/05/2002 08h18min

Índia acusa Paquistão de ser “epicentro do terrorismo”

O governo da Índia reagiu nessa terça, dia 29, com irritação diante do terceiro teste com mísseis do Paquistão em quatro dias. O recente discurso do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, sobre o impasse militar entre os dois países em torno da Cachemira, foi classificado por Nova Délhi como decepcionante e perigoso. O chanceler indiano, Jaswant Singh, disse que Musharraf não abordou o que a Índia descreve como terrorismo “além-fronteira” e chamou o Paquistão de “epicentro do terrorismo internacional”.

A reação indiana ocorre quando líderes de todo o mundo apelam para que os dois vizinhos, proprietários de armas nucleares, demonstrem prudência. O governo do Paquistão anunciou que concluiu com com sucesso um teste com míssil de 180 quilômetros de alcance e capacidade para transportar uma ogiva nuclear (no detalhe). Os testes foram realizados instantes depois de Musharraf ter dito que o país não desejava a guerra, mas estava pronto para responder com “força total” caso fosse atacado.

As notícias coincidiram com uma visita a Islamabad do ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jack Straw, na tentativa de reduzir as tensões. Straw aconselhou Musharraf a intensificar a repressão às atividades terroristas na fronteira. Singh, primeira autoridade indiana a reagir ao discurso de Musharraf, acusou o líder paquistanês de adotar uma “postura beligerante”.

– Seu pronunciamento foi decepcionante porque ele apenas repete algumas promessas não cumpridas até hoje. E perigoso porque, com essa postura beligerante, a tensão aumenta – ressaltou Singh.

O Paquistão não descarta o uso de armas nucleares em resposta a um ataque convencional. Enquanto isso, a Índia diz que sua paciência com o país vizinho esgotou-se depois de um ataque contra seu parlamento em dezembro de 2001, e de outro contra uma base do exército na Cachemira em 4 de maio deste ano. Os dois ataque são atribuídos pelo governo da Índia a separatistas da Cachemira, cujas bases ficam em território paquistanês. O governo do Paquistão nega as acusações.

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