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Intimação de Roseana provoca nova crise entre PFL e governo

A intimação da ex-governadora Roseana Sarney pela Polícia Federal (PF) para depor no dia 17, em São Luís, provocou nova crise entre o PFL e o governo federal. O presidente do partido, Jorge Bornhausen, chega nesta segunda-feira, dia 8, em Brasília para encontro com lideranças pefelistas. O PFL encara o caso como mais uma tentativa de intimidar a candidata à presidência. O partido já anunciou que não participará de votações no Congresso esta semana. Na quarta-feira, dia 10, a executiva nacional define que comportamento adotará em relação ao Palácio do Planalto.

O presidente Fernando Henrique Cardoso, que passou o fim de semana na Fazenda Córrego da Ponte, em Buritis (MG), foi informado da intimação tão logo voltou a Brasília e ficou surpreso com a notícia e também preocupado com risco de um atraso ainda maior nas votações. A atitude do delegado da PF Deuselino Valadares dos Santos pegou de surpresa não só o presidente, como os principais assessores e articulistas do governo.

O secretário-geral da Presidência, Euclides Scalco, que contou a notícia a Fernando Henrique, tratou de se mobilizar e acionar setores do governo e tentar evitar um estrago político maior. O vice-presidente Marco Maciel foi escalado pelo PFL para levar a posição do partido a Fernando Henrique. Os dois conversaram na noite desse domingo, dia 7. Após a conversa, o vice-presidente foi incumbido de retransmitir às lideranças do partido a disposição do presidente de pôr panos quentes no assunto – todos estariam considerando a atitude do delegado inoportuna.

O senador José Jorge (PFL-PE) também participou das intermediações entre o partido e o governo, pois o Planalto se viu, ontem, numa situação complicada. Toda a estratégia montada pelo governo para dar início à votação da medida provisória (MP) que cria o seguro-apagão e liberaria a pauta na Câmara foi por água a baixo.

– Meu Deus! – exclamou Scalco, ao tomar conhecimento do episódio.

Para ele, a partir de agora, será preciso reformular toda a estratégia que havia sido traçada pelo Planalto para garantir a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Consciente de que os prejuízos com a atitude do delegado podem ser irreversíveis, o governo deverá esperar um pouco para mostrar como agirá. A princípio, não deve se pronunciar. Ontem, as convesas iniciais foram feitas por telefone. Hoje, terão prosseguimento, só que em São Paulo, para onde Fernando Henrique embarcará.

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