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 | 20/10/2010 01h09min

Disputa alimenta baixo nível

Corrida presidencial tem sido marcada por e-mails, panfletos anônimos e boatos envolvendo questões pessoais e religiosas

Na ânsia de buscar o voto conferido ao adversário no confronto direto, o jeito é atingi-lo ao ponto de o eleitor desconfiar da sua escolha inicial. E salve-se quem puder no meio deste tiroteio. O desafio é não ultrapassar a fronteira do razoável e desembocar na rejeição, colocando tudo a perder.

Por isso, os ataques das mais variadas trincheiras possíveis desferidos ou atribuídos a Dilma Roussef (PT) e a José Serra (PSDB) vão se somando à medida que se aproxima o dia 31 de outubro. E as campanhas dos candidatos tentam monitorá-los na medida do possível.

A tese de que o eleitor não quer mais saber de discursos agressivos e ataques pessoais surgiu com o marqueteiro baiano Duda Mendonça. Foi adotando uma linha suave, batizada de “Lulinha paz e amor”, que o atual presidente ascendeu ao poder em 2002 e lá está até hoje. O modelo terminou virando lei informal, mas os especialistas fazem algumas ressalvas para explicar o tom elevado entre Dilma e Serra.

“É mito achar que o candidato que bate não ganha. Desconstruir o oponente faz parte do processo de uma eleição. O problema é como fazer isso”, diz o cientista político Paulo Moura.

O mais eficiente, na visão de Moura, é trabalhar isto antes da eleição, e não de afogadilho, durante carreatas, debates na TV e comícios.

Os golpes realmente abaixo da linha da cintura nasceram da internet. Há correntes de e-mail com mentiras, como as que fizeram os jornalistas Pedro Bial e Marília Gabriela serem obrigados a se defender. Um foi citado como tendo aberto voto a Dilma; o outro, a Serra. Nos dois casos, mentiras. Há também vídeos do YouTube e montagens de fotos. A novidade, agora, é esta questão religiosa. “Mas até isto está diminuindo. Tanto Dilma quanto Serra perceberam que se ambos insistirem em suas religiosidades repentinas cairão em contradição”, afirma a cientista política Céli Pinto.

Nuvem Esperança

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