Em busca de uma das duas vagas no Senado, os cinco candidatos com melhor pontuação pela última pesquisa do Ibope foram entrevistados no programa Conversas Cruzadas, da TVCOM, nesta segunda-feira. Estiveram presentes, respondendo a questões por 15 minutos, separadamente, Vera Guasso (PSTU), Ana Amélia Lemos (PP), Germano Rigotto (PMDB), Abgail Pereira (PCdoB) e Paulo Paim (PT) (em ordem de apresentação, definida por sorteio).


Vera Guasso coloca como uma de suas prioridades a luta contra a reforma previdenciária, o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho.

— Sem essa redução, há menos empregos para os trabalhadores — argumenta a candidata do PSTU, que rez referência ao posicionamento do atual Governo Federal sobre o fator previdenciário: — Dizem umas coisas nos programas (a favor do fim do fator previdenciário), mas, quando passam a ser governo, isso não acontece.

 Ana Amélia Lemos defendeu o resgate da credibilidade do Senado, afirmando que a Casa anda pouco acreditada pela população, devido a recentes escândalos. Segundo a candidata do PP, a Lei da Ficha Limpa não deveria existir, deveria ser uma imposição de qualquer um. Em termos de propostas, uma de suas ideias é rediscutir o pacto federativo:

— A menor parte dos recursos fica com os municípios, que são os que mais precisam de verbas na saúde, por exemplo — afirmou Ana Amélia.

Para Germano Rigotto, uma das prioridades se concentra em atacar os problemas internos da máquina estatal. 

— É preciso terminar com a corrupção, o fisiologismo e o clientelismo. No quadro atual, o dinheiro passeia e parte se perde — disse o candidato do PMDB. 

Segundo Rigotto, se mostra imprescindível definir o que é atribução da União, do Estado e do município para diminuir os riscos de corrupção.

— Mas tem que ter vontade política para fazer essas reformas — finalizou. 

De acordo com o pensamento dos demais candidatos, Abgail Pereira defendeu uma transparência mais acentuada do Senado.

— A Casa precisa se abrir para a população.

A candidata do PCdoB argumentou ainda a favor de uma melhor divisão da carga tributária.

— Precisamos de uma reforma tributária progressiva. Não é justo o trabalhador pagar o que está na folha e o que está nos produtos.

Paulo Paim, que busca a reeleição, apontou como uma de suas prioridades a tentativa de acabar com o voto secreto no Congresso Nacional.

— Como vou prestar contas à população se voto secretamente? — questiona o candidato do PT. — A proposta está no Plenário do Senado, gostaria muito de aprovar.

Paim também se coloca pelo fim do fator previdenciário e defende o presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

— O Lula não vetou o meu projeto, mas, sim, vetou uma emenda do deputado (Fernando) Coruja (PPS-SC), que não contemplava o meu projeto. Se eu for reeleito, terei muito mais peso para pressionar por essa causa.