Em entrevista ao programa Conversas Cruzadas, da TVCOM, nesta quinta-feira, Yeda Crusius priorizou a lembrança das realizações de seu governo. A postulante ao Piratini afirmou que os demais candidatos estão discutindo a "velha pauta":

— Não usamos a agenda do choro, do não tem para ninguém. E isso fere muitos interesses. Pagamos caro — afirmou Yeda. — Pedágio, número de brigadianos, meu Deus, esse tipo de pauta já foi. A nossa agenda é continuar fazendo o Estado crescer mais que o país.

Questionada sobre o contrato com o Banco Mundial, Yeda disse que ele não fere a soberania do Estado.

— O contrato novo não é como o antigo, que era recurso para trocar por papel de dívida caro. Hoje é para trocar por papéis mais baratos — defendeu-se. — O contrato com o Banco Mundial foi aprovado por unanimidade pela Assembleia.

Sobre os pedágios, a candidata alegou que a União a impediu de fazer as mudanças necessárias no setor.

— O que houve foi uma intervenção política — afirmou, apontando que a questão agora passa do âmbito estadual. — Dos sete polos pedágios, nós fazemos a nossa parte. Mas a responsabilidade é do Governo Federal. Eles que decidam o que fazer em 2013 (período em que findam os contratos com as concessionárias das rodovias).

Sobre a possibilidade de ingressar em um eventual segundo turno, Yeda Crusius se diz ansiosa em ver "as urnas se abrirem" no dia 3 de outubro.

— Não venham me propor o Simples, política de irrigação, isso tudo já existe. O Estado precisa continuar crescendo mais do que o Brasil, como estamos fazendo. Aumentar o número de creches, fazer com que o jovem tenha uma sala de ensino técnico em sua própria escola estadual — propõe

Questionada sobre as suspeitas de espionagem na Casa Militar, Yeda afirmou que não se consegue tomar conta de tudo.

— Esse processo de consulta integrada é uma evolução, mas tem que evoluir ainda mais. Essas falhas existem e devem ser investigadas, para que a gente melhore.