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Eleições  | 21/09/2010 03h12min

Portadores de deficiência pedem mais atenção e desafiam candidatos ao Piratini

Deficientes questionam problemas cotidianos no Dia da Acessibilidade

Laura Schenkel

Acessibilidade, educação inclusiva e necessidades especiais são palavras pouco mencionadas nas propostas eleitorais. No Dia da Acessibilidade, ZH traz propostas elaboradas a partir das dificuldades enfrentadas por 1,58 milhão de gaúchos com algum tipo de deficiência.

As questões foram enviadas para os três principais candidatos ao Piratini, José Fogaça (PMDB), Tarso Genro (PT) e Yeda Crusius (PSDB). Os três responderam, por e-mail, o que farão em relação a essas demandas se forem eleitos.

O aposentado Marcos Espindola, 46 anos, teve paralisia infantil. Cadeirante, acompanhou desde sua juventude uma evolução na acessibilidade dos ônibus de Porto Alegre, mas ainda sofre em função de muitos não serem adaptados para cadeira de rodas:

– Para pegar táxi, é uma dificuldade, porque muitos taxistas dizem que têm gás (GNV) no porta-malas e a minha cadeira não é dobrável, tem de colocar no porta-malas. Muitos não querem fazer o esforço de colocar o cadeirante dentro do táxi. Como não tem ônibus especial de madrugada, já tive de esperar amanhecer, porque nenhum táxi aceitava me levar.

Outro problema são os ônibus intermunicipais. Segundo Espindola, o cadeirante muitas vezes tem de se sentar no degrau e subir se arrastando até chegar às poltronas reservadas.

– Fico todo sujo, é humilhante. Minha cadeira vai na parte inferior do ônibus e não faço viagens longas porque não tenho como ir até o banheiro, que fica no fundo do veículo.

Em uma quadra da Redenção, Espindola joga basquete, sua paixão desde os 23 anos. Mas não tem onde treinar quando chove:

– O deficiente deveria receber incentivos para praticar um esporte.

Paulo Kroeff, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, reforça:

– As escolas são um ponto-chave para os deficientes. Elas precisam ser acessíveis e ter professores melhor qualificados para receber os alunos com necessidades especiais. Mas de nada adianta isso se não houver transporte de acessibilidade universal.

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