Praticamente todos os candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Sul participaram de um debate promovido pela Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) na manhã desta sexta-feira em Porto Alegre. Entre os dez que haviam sido anunciados, apenas José Schneider (PMN) não compareceu.

Diferentemente dos eventos promovidos, apenas entre os três mais bem posicionados nas pesquisas — Ana Amélia Lemos (PP), Germano Rigotto (PMDB) e Paulo Paim (PT) —, a presença dos demais candidatos conferiu nova dinâmica. Muitos partiram para o ataque.

Luiz Carlos Lucas (PSOL) provocou Rigotto sobre uma declaração da governadora Yeda Crusius (PSDB) de que ela teria herdado uma rede escolar "arrasada". O candidato do PMDB respondeu que não comentaria sobre o atual governo e lembrou de avanços na área da modernização da gestão quando esteve no comando do Palácio Piratini.

Interrogada por Paim sobre a flexibilização dos direitos dos trabalhadores, Ana Amélia disse que é preciso fazer uma "atualização" da discussão, preservando estes direitos. O candidato do PT afirmou que os direitos só seriam tirados dos trabalhadores "por cima do meu (seu) cadáver".

Rigotto defendeu a revisão do Pacto Federativo e a reforma tributária. Em tréplica à declaração de Marcos Monteiro (PV) de que o Congresso não teria condições de tomar estas iniciativas porque está "impregnado de fisiologismo", Rigotto afirmou que "falta vontade política de fazer essas reformas".

Os candidatos de oposição reivindicaram mais espaço. Bernadete Menezes (PSOL) declarou que a "elite" permite que se participe apenas da "pequena política", reivindicando mais participação em temas como juros bancários, reforma agrária e saúde.

Ainda participaram do debate os candidatos Abgail Pereira (PC do B), Roberto Gross (PTC) e Vera Guasso (PSTU).