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Eleições  | 08/09/2010 17h52min

Serra diz que quebra de sigilo "é trabalho de quadrilha"

Candidato comentou a informação de que o sigilo fiscal de seu genro também teria sido quebrado

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta quarta-feira estar indignado com a notícia de que o sigilo fiscal do seu genro, Alexandre Bourgeois, também teria sido quebrado na agência da Receita Federal em Mauá (SP).

> Entenda como ocorreu a violação de sigilos fiscais de tucanos 

— A questão do meu genro deixa mais do que claro que é um trabalho organizado. É um trabalho de quadrilha — disse o candidato, após participar na capital paulista de encontro em defesa das pessoas com deficiência. — A violação do sigilo do meu genro e da sua intimidade é mais um capítulo desse episódio vergonhoso.

Serra mostrou irritação ao falar sobre o caso, uma vez que, na avaliação dele, a vida privada dos seus netos também foi invadida. Anteriormente, na mesma agência da Receita Federal em Mauá, também havia sido violado o sigilo fiscal da sua filha, Verônica Serra, casada com Bourgeois.

— Claro que estou muito ofendido, mas esse crime vai além desse episódio e dessa questão pessoal. Esse episódio, na verdade, envolve toda a nossa sociedade e todo o Brasil. O que está sendo quebrado é um preceito constitucional.

O tucano criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em comício em Guarulhos, no sábado, acusou Serra de usar o caso da quebra de sigilo para transformar sua família em vítima.

— É realmente uma coisa extraordinária — ironizou. — Você sofre um crime, reclama do crime, protesta e é considerado um transgressor. Essa é a estratégia do PT, da candidata oculta e do próprio presidente da República enquanto pessoa física, antecipando inclusive defesa a ataques que eles mesmos fizeram.

Ele criticou novamente o presidente por ter aparecido nesta terça na propaganda eleitoral da candidata do PT, Dilma Rousseff. Serra disse que Dilma terceirizou os ataques ao utilizar o presidente Lula em defesa da sua candidatura.

— Há uma terceirização de debates e também de ataques, que incluem agora, inclusive, o presidente Lula, que apesar de ser presidente da República de todos os brasileiros se engaja como porta-voz de uma candidata que aparentemente não tem condições de falar por si própria. O que houve ontem não foi uma defesa, foi um ataque — disse Serra, sem querer responder se gravaria uma participação no horário eleitoral em resposta a Lula. — No programa eleitoral, eu falo para a população brasileira, não falo para este indivíduo ou aquele.

Agência Estado
Cleber Gomes / 

Serra também criticou Dilma pelo depoimento de Lula no horário eleitoral
Foto:  Cleber Gomes


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