Bem-humorado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva caminhou pelos corredores do pavilhão da agricultura familiar da Expointer, em Esteio, na tarde desta sexta-feira, onde distribuiu autógrafos, sorrisos e acenos às centenas de pessoas que tentavam, com dificuldade, acompanhar seus passos. Lula cumprimentou expositores e provou especiarias produzidas pelos pequenos produtores: uma cuca de coco e um chá de maçã com abacaxi.

Ao ser perguntado sobre a repercussão do vazamento de dados sigilosos de pessoas ligadas ao candidato à Presidência José Serra (PSDB), Lula classificou o fato como "futrico menor" e criticou o tucano por alardear a quebra de sigilo fiscal da filha Verônica Serra e usar o fato no programa eleitoral.

— O presidente da República tem mais com o que se preocupar — disse.



Durante a visita, o presidente estava acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a atual governadora, Yeda Crusius (PSDB) e o ex-governador Olívio Dutra, com quem fez brincadeiras sobre sua origem. Ao ouvir de Olívio que este não sabia se era de Dom Pedrito ou de Passo Fundo, mas "o que importa" é saber que era gaúcho, o presidente disparou:

— Talvez eu seja de Bossoroca.

No parque de exposições, o presidente também visitou o pavilhão de ovinos e o setor de máquinas agrícolas, onde subiu em tratores e em colheitadeiras. Ao ser abordado pela imprensa, Lula disse que o que viu na Expointer é uma coisa "extraordinária":

— Aqui no Rio Grande do Sul, a gente fica de alma lavada vendo o potencial que o Estado tem.

Apesar de ser recebido com muitos aplausos nos lugares por onde passou, o presidente também foi vaiado por um grupo de produtores, que reclamava dos pavilhões que foram fechados para a visita do presidente, impedindo as vendas.

O presidente não participou da abertura do evento.