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Eleições  | 31/08/2010 03h27min

Expectativa de vitória de Dilma Rousseff leva o PT a reservar ministérios

Candidata nega participação de José Dirceu, mas Palocci e Pimentel são considerados nomes-chave

Fabiano Costa  |  fabiano.costa@gruporbs.com.br102

Com a possibilidade de Dilma Rousseff (PT) vencer a eleição ainda no primeiro turno, crescem entre os aliados especulações sobre a composição dos ministérios sob o comando da antiga chefe da Casa Civil. Apesar da pressão peemedebista, para o PT, pelo menos quatro pastas são consideradas inegociáveis: Fazenda, Justiça, Casa Civil e Planejamento.

Dilma pretende acomodar nelas homens de confiança. Ela negou ontem, porém, que o ex-ministro José Dirceu participe da gestão. Dois nomes são considerados certos em caso de vitória da petista: o ex-ministro Antonio Palocci – cotado para retornar para a própria Fazenda, para a Casa Civil, Saúde ou Relações Institucionais –, e o deputado José Eduardo Cardozo (SP), aposta para a Justiça. Tidas como estratégicas por conta da relação com os movimentos sociais e o eleitorado cativo do presidente Lula, as pastas do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social também devem ser destinadas ao PT.

O tema “ministérios” se tornou assunto proibido no staff de Dilma. Na avaliação dos estrategistas, um debate antecipado sobre a futura equipe coloca em risco a provável vitória da ex-ministra. Nos bastidores, porém, as articulações estão adiantadas. O apetite é maior dentro do PMDB, legenda do vice, Michel Temer (SP). O partido ambiciona espaço idêntico ao do PT. A pressa em lotear um futuro governo, no entanto, criou um mal-estar entre os aliados. Para evitar dissabores, Temer procurou o presidente do PT, José Eduardo Dutra, negando que o partido já estivesse discutindo cargos.

Incluído nas apostas de prováveis ministros, Dutra deve permanecer à frente do partido até 2012. Outros nomes credenciados para ocupar um ministério são os do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e dos atuais ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Guido Mantega (Fazenda) e Orlando Silva (Esportes).

Deputado do PTB gaúcho já fala em “exigir espaço”

Além do compromisso com os partidos que sustentaram a atual gestão, Dilma terá de abrigar legendas que devem se aproximar com a vitória petista. O PTB, por exemplo, mesmo apoiando José Serra (PSDB), fala abertamente em se juntar à base de Dilma a partir de janeiro.

– Passada a eleição, vamos sentar à mesa com Dilma. Pretendemos exigir espaço proporcional ao tamanho do PTB – avisa o deputado gaúcho Luiz Carlos Busato.

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