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Eleições  | 30/08/2010 22h00min

Campanha de Marina mudará estratégia de comunicação

Aposta é apresentar diferenças entre a candidata do PV e seus adversários Dilma e Serra

Sem avançar nas pesquisas de intenção de voto, a coordenação de campanha do PV à Presidência da República decidiu mudar a estratégia de comunicação para fazer com que Marina Silva chegue ao segundo turno.

A aposta da coordenação é tirar o foco da apresentação de propostas para apontar as diferenças entre a candidata verde e seus adversários Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

– Não vamos mudar no sentido de fazer uma campanha agressiva, vamos realçar as diferenças – contou o coordenador-geral da campanha, João Paulo Capobianco.

Ele negou que os coordenadores de Marina tenham sido atingidos pelo clima de derrota e informou que só depois de 3 de outubro (1º turno das eleições) a Executiva do PV se reunirá para definir o futuro do partido caso Dilma ganhe a disputa já no primeiro turno.

– A eleição não está definida, a dinâmica eleitoral está ocorrendo e nós temos o melhor time –disse.

A coordenação do PV admite que o cenário é muito favorável à candidata do PT, que os números e a influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito estão "surpreendendo a todos" e que alguns colaboradores acreditam que a situação é irreversível, mesmo com um mês de campanha pela frente.

Segundo Capobianco, embora Marina não tenha conseguido evoluir nas pesquisas, a candidata não perdeu eleitorado, como era previsto caso Dilma crescesse. Atualmente Marina varia entre 7% e 10% nas sondagens de intenção de voto, de acordo com os principais institutos, o que é considerado pela coordenação como uma "adesão consistente" e, portanto, um resultado animador.

A mudança na estratégia de comunicação já deve ser vista nas próximas propagandas de rádio e TV. Com pouco tempo nas mídias eletrônicas tradicionais (1 minuto e 23 segundos), a campanha conta com a capilaridade da candidata na internet (mídias sociais como Facebook, Orkut e Twitter), entrevistas e debates. É consenso dentro da campanha que de Marina já se saiu bem ao "quebrar o plebiscito" entre Dilma e Serra e consolidar seu nome como terceira opção de voto, mas que há uma despolitização nesta eleição e um desequilíbrio estrutural das campanhas.

A partir de agora, a ideia é mostrar, de uma forma clara e eficiente, que Marina valoriza a qualidade e seus adversários prezam pela quantidade, explica o coordenador. Capobianco descarta definir um "alvo preferencial" na nova estratégia, uma vez que pesquisas internas no PV indicam que Marina tem potenciais eleitores entre os dilmistas e serristas.

Agência Estado
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